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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Senta aqui, vamos falar sobre saudade

Ontem saudade foi o assunto que mais vi nas redes sociais, disseram que 30 de janeiro é o dia dela. Engraçado, um dia para lembrar a existência da saudade. Quem sente, sentiu ontem, sente hoje, sentirá amanhã... Não há dia, nem hora para a saudade. A safada chega quando bem quer, sem nem mesmo ser convidada.
Li muita citação bonitinha e fui dormir pensando sobre. Fiquei pensando, há tanta saudade nesse mundo e tanta ainda a ser. Eu tenho tanta saudade em mim que me admira não viver em nostalgia. Há saudade de momentos, sentimentos, pessoas, lugares, cheiros, sabores, sensações, músicas que ouve-se uma vez no rádio e nunca mais. Saudade daquele riso que veio do nada ou do arrepio em reação a um cheiro. Saudade do que não se viveu, do que não riu. Saudade de quem se foi e de quem virá.
É tanta saudade que pode caber em uma pessoa que me pergunto se isso significa que tem se vivido uma vida boa, com um passado bom de se lembrar ou se indica um presente mal vivido, sem sal. O que é a saudade? Tem remédio? Tem contra indicação? Ao persistirem os sintomas que médico deve ser consultado? 
Pensar sobre saudade dar margem a tantas perguntas... Saudade tem nome e endereço? (Sim! Ou pelo menos, quase sempre) Saudade mata se apertar demais? E por falar em saudade, quando é que ele vem? Tenho que o entregar uns tantos beijos que ainda não dei... 
Saudade é uma coisa que quando aperta só cessa com abraço apertado, demorado. Saudade nos leva, ainda que distantes, para onde queríamos estar. Essa tal saudade é coisa de gente que sente, sente muito e sente tudo. Gente doida, eu hein...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

2017 (só vem!)

Primeiro texto do ano! Tanta coisa acontecendo de uma vez que, sinceramente, nem tô processando tudo, nem tô escrevendo para organizar em mim. Vai ver por isso que me sinto o tanto perdida, estranha, sei lá. Poderia escrever sobre um monte de coisas mas, para o primeiro texto do ano, queria algo "pra cima", algo que me desse mais que pessimismo. Quero esperança. E por isso resolvi listar aqui minhas metas para o ano. Geralmente escrevo em uma agenda que fica guardadinha, longe dos olhos curiosos mas, não custa mudar um pouco vez ou outra. Vamos lá?

- Estudar, estudar, estudar. Quero estudar mais e melhor os assuntos abordados na minha pós, quero estudar mais SUS, atenção básica... Quero estudar para concursos e inglês também. Estou pensando em um mestrado para o ano que vem então preciso me preparar desde já, com um projeto bacana, cursos capacitantes... Esse ano quero me dedicar mais ainda aos meus pacientes, seja onde for;

- Escrever mais. Ano passado coloquei na cabeça que devo escrever mais sobre aquilo que gosto: minha profissão. Quero que o ato de escrever seja mais que um hobbie, que isso possa levar informações concretas para pessoas da área e curiosos. Pretendo usar mais as redes sociais e todas as mídias possíveis para divulgar meu trabalho, o que não é tarefa fácil mas vamos tentar!

- Escrever mais aqui também e nos meus outros blogs ;*

- Cuidar mais de mim. Isso inclui meus cachos, minha pele e meu corpo torto e flácido kkkkkk Quero melhorar meu condicionamento físico e força e claro, se possível, não sentir vergonha de usar um biquíni de vez em quando.

- Ah, me alimentar melhor também! Talvez eu procure um nutricionista para me ajudar.

- Ler. Eu amo ler mas a cada ano que passa tenho lido menos livros no ano. Em 2016 foram 16, o que pode não parecer ruim mas se considerar que em outros anos minha média era 45, então sim, 16 não é tão bom. Queria ler no mínimo 2 livros por mês e a Bíblia, que quero ler no decorrer do ano por completa. Ler é um habito que me faz muito bem, melhora minhas ideias, falas e escrita, me acho nas palavras. E não se engane, eu sempre estou lendo muito, artigos científicos, contos, crônicas, poemas, poesias... mas quando falo ler, refiro-me aos livros, coisas longas sabe? Romances. Eu gosto de entrar nas histórias, viver um pouco daquelas vidas.

- Ver meus amigos. Quando eu estava na escola via todos os dias meus amigos, aqueles que não estudavam comigo eu via vez ou outra, nas férias, mas sempre nos víamos. Depois veio a faculdade e agora a vida adulta e com isso, as agendas que não se batem. É difícil, com a nossa ânsia por ter entrar (e se firmar) no mercado de trabalho e estabilidade financeira, não entrar no piloto automático e simplesmente passar pela vida. A gente faz isso muitas vezes, embora não queira e quando nos damos contas já não somos convidados para sair, já não lembramos quando foi a última vez que conversamos na calçada de casa ou quando jogou aquela pelada com os amigos. Cabe a nós reservar um tempo para o que importa. Há uns anos essa meta faz parte das minhas prioridades e tenho cumprido bem: Encontrar cada amigo meu pelo menos duas vezes no ano. Nem que seja só um açaí no fim da tarde ou uma cervejinha pós trabalho na sexta. Um tempinho para ver, abraçar e rir um pouco com as histórias antigas e novas também. Reunir todos é uma missão ainda maior (porém melhor) mas seu eu conseguir ver, nem que seja um de cada vez, já fico feliz. Vejo muita gente mais velha que eu com poucos amigos e quando questiono o porquê dizem "Ah, eu tinha muitos mas, comecei a trabalhar, depois casei ai vieram os filhos... Perdemos o vínculo". Eu preciso dos meus amigos, gosto do vínculo e, mantendo-os, não me sinto atropelada pela vida.

- E por falar em amigos quero visitar pelo menos uma das minhas amigas que está morando longe (tipo longe mesmo!)

- Ah, uma meta bem importante desse ano: deixar que gostem de mim. Eu tenho o péssimo hábito de está na defensiva (sempre) e com isso afasto muita gente. Afasto mané com certeza mas assim também se vão os bons. Eu não sei, acho que temo que gostem e eu não saiba lidar com isso, não sei ser recíproca com relação a esses sentimentos. Sou recíproca com minha família, meu cachorro, meus amigos, pacientes, mas com os caras... Devo ter algum problema, só pode. Oooou não achei meu cara ainda, vai saber. Esse ano quero sentir essa coisa que faz pessoas andarem de pantufas em lugares públicos felizes só por estarem do ao lado do ser quem amam e nem ligarem por olhares alheios que dizer "Olha lá aqueles doidos!" Quero ser uma louca assim também, louca feliz e amada (que ame também). 

Hm....Acho que é basicamente isso. Não que não faltem metas mas pensando no macro, tá tudo aqui. E caso não esteja, eu volto para completar. Ao final do ano faço um outro texto contando se as metas foram batidas (ou não).

E você, quais suas metas?


Acrescentando:
1) 30.01.2017:
- Permitir-me gostar também. Tenho percebido que não "baixo a guarda", e isso não facilita muito as coisas no quesito relacionamentos. Acho que temo o que esse mundo novo e pouco explorado tem a me oferecer. Acho que não sei navegar nessas águas pouco lógicas e sem controle. Permitir deixar que gostem de mim é dar oportunidade para que se apresentem, mas me permitir gostar não é só estar disponível para sair de vez em quando, mas sim deixar que me conheçam e entre no meu universo, meu infinito particular, que vejam além do que mostro ao mundo, saca? Deixar que me dispam no sentindo de conhecer até o primeiro texto escrito e raramente lido, dos medos, sonhos e anseios. Deixar que me vejam sem máscaras, o que é uma puta missão quase impossível, mas (querer) tentar não mata né?! Vamos lá!