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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Guilty

Basta parar um pouco no tempo que penso em mil e uma coisas (isso acontece com a maioria, certo?). Boa parte se divide em nostalgia e besteiras mas, as vezes sobram umas boas ideias que deveriam ser registradas. Quando a ideia é muito forte ou muito presente acabo por registrar de forma egoísta, numa velha e acolhedora agenda vermelha. 
Acontece que quando venho para cá na intenção de registrar algo, acabo por me perder no tempo lendo minhas postagens mais antigas e vendo o quanto as coisas mudaram, o quanto eu aprendi no decorrer do tempo.
Hoje, relendo (e relembrando) tudo que aqui foi escrito, posso ver um enorme desperdício de sentimentos valorosos; percebo que magoei mais gente que apenas eu. Relendo meu passado não tão distantes, vejo que as coisa poderia ter sido diferentes e que eu tracei a história que conto hoje.
O sentimento de culpa é bem presente, sabe, mas não me arrependo exatamente. Talvez eu precise de mais tempo (caso isso ocorra). O fato é que, apesar de ser muito duro admitir, eu sinto saudades. É, isso mesmo que você leu: EU SINTO SAUDADES! Sei que não é recíproco, não se preocupe, não me incomoda, eu posso imaginar.
É bem verdade que eu pisei muito na bola e que em seu lugar eu faria coisas terríveis de tanta raiva mas, porra, esse silêncio, essa exclusão chega a atingir muito mais que qualquer um dos castigos que eu imaginei e sei também que eu não fiz absolutamente nada para quebrar esse gelo. Eu sei que nunca, jamais, nada será nem perto do que já foi um dia, mas, sei lá, acho que eu ainda te queria por perto... Lembro que conversávamos tanto, riamos muito juntos! Tínhamos uma amizade tão linda antes desse tal cupido encher o saco e agora veja-nos, que nos conhecemos desde crianças andando de fraudas pela casa, somos dois totais estranhos um para o outro e isso dói. Dói mais ainda por saber contribui muito para que tudo ficasse assim e por saber que só um milagre faria nossa reaproximação, já que somos dois grandes orgulhosos.
E mais uma vez escrevo para esquecer (ou lembrar depois) uma nova carta pra você. Ah, como eu queria ter coragem de mostrar logo tudo isso para que você, ao menos, que soubesses tudo que há oculto aqui em mim.

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