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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Nem vem, nem passa

Quando começamos a nos falar, em janeiro, não achei que isso renderia tanto tempo, mesmo sem nos ver e com uma conversa tão pouco frequente. Tá, tudo bem que nossas vidas são corridas, mas o que dificulta mesmo são os desencontros causados principalmente por vivermos em cidades diferentes.
Poderíamos ter nos visto pelo menos umas 15 vezes de janeiro para cá, mas por N motivos não rolou. É bem verdade que estou morta de curiosidade para ver esse sorriso de perto e rir com as histórias que dividiremos. Já tenho até cogitado fazer uns cursos de final de semana na sua cidade, só para estar ai perto.
Não sei se perderemos o contato de novo, mas se formos eu queria pelo menos te conhecer antes. Acho que se isso tem rendido por tanto tempo, é por algum motivo. Acho que temos que nos ver, nem que seja só uma vez.
Não sei de onde isso vem nem mesmo para onde vai, mas sinceramente quero saber. A ideia tem me animado. Bastante.
Prometo que dessa vez não vou te enrolar como já fiz com outros, até porque você não é do tipo que se enrola. Já vi que você é muito mais decidido do que eu e isso me agrada ao mesmo tempo que me assusta um pouco. Fico sem saídas assim.
Se não for pedir muito, fique um pouco mais.

De você sei quase nada
Pra onde vai ou por que veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho

Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo

Noite alta que revele
Um passeio pela pele
Dia claro madrugada
De nós dois não sei mais nada
Quase nada - Zeca Baleiro

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