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sábado, 24 de dezembro de 2016

A expectativa

Eu estava aqui relendo aquela conversa e fiquei imaginando como seria o fim se o meio tivesse sido diferente. Se você tivesse dito as coisas certas, os argumentos certos, será que teria sido diferente? Será que me faria ficar? Pensei em coisas que você poderia ter dito. Segue abaixo:

O que tenho para falar não é fácil, é uma exposição de uma parte que eu temo e não gosto mas que faz parte da minha história.
Eu namorava uma garota e a gnt brigava mt mas insisti em levar adiante e casar pq n eram só brigas, tínhamos bons momentos e era isso que me mantinha. E eu gostava dela e, as vezes ela parecia tb gostar de mim. Mas no dia q ela disse q pensou em outro estando comigo, parei de insistir. Não podia continuar, por mais q a amasse, se ela n estava comigo, se n era mais minha (se é q um dia foi).
Após EU dar início ao processo de divórcio ELA continuou a me procurar, dizendo me amar, estar arrependida, querendo tentar novamente e... eu fui fraco. Cedi porque queria acreditar nela, acreditar q ela estava sendo sincera, acreditar q eu n tinha me enganado tanto assim ao escolher ela para ser minha Mulher. Mas, com todas as tentativas não foi possível, não era p ser no fim das contas (só hoje vejo isso) e depois de um tempo ela me apareceu dizendo estar grávida e isso, essa possibilidade me ronda e essa história toda me assusta pois cada vez que eu tentar conhecer alguém isso pode aparecer e eu não sei como explicar e me fazer entender e fazer com que fique apesar da minha história. 
Eu n acho que seja uma parte boa da minha vida, não tenho felicidade em contar, mas ela faz parte de mim e me ajudou a ser quem eu sou hoje. Serviu de aprendizado e diante de tudo, eu sei que não é fácil, mas eu quero que você fique. Quero você na minha vida e quero aprender coisas novas com você. O passado tá ali mas quero o presente e o futuro com você. Eu sei que é muita informação, que não é fácil mas te quero. E ai, topa?


Eu só queria entender e precisava que você tentasse me explicar. Eu sei que dirá que não escreve assim, como eu, mas eu queria que tentasse do seu jeito me dizer aquilo que importa.
Porra véi, se dissesse algo assim, se pelo menos tentasse explicar eu tentaria entender melhor... o fim não precisaria ter sido ontem, nem daquele jeito. Mas preciso reforçar (de nooovo) em mim que você não é assim e eu não posso te mudar. Então eu não posso continuar, não por gostar pouco ou por ser incompreensível. Não é isso, mas você se valoriza muito pouco e esse pouco me incomoda. Não que você seja ruim comigo mas como foi/é com você mesmo.

O murchar daquela planta

Hoje o dia foi atipicamente cheio e cansativo. O que foi ótimo, considerando que eu precisava de outros assuntos para ocupar minha mente, que não seja aquele que ronda desde ontem. Agora estou sentada diante da tv assistindo o primeiro filme que apareceu na netflix, comendo brigadeiro de panela após tomar dose de vodka só para esquentar um pouco essa noite estranhamente fria nessa cidade. Percebo agora que mal comi hoje o que também não é problema, não há fome aqui mas, vamos ao que interessa né?!, suponho que você espera por um posicionamento meu após tudo que disse e sei que esperar deve ser horrível. Espero não está sendo precipitada com minhas próximas e longas linhas.
Primeiramente quero que saiba e grave bem em sua mente que não me incomoda o fato de você ter sido casado e que possa ter uma filha fruto dessa relação. Isso não me incomoda, ok?! E, respondendo a sua pergunta mais frequente, não estou chateada. Na verdade, chateada é um adjetivo muito simplista para tudo que há em mim e que ainda não há nome mas, que se tivesse algum, seria algo próximo de decepcionada, desapontada ou coisa assim.
Sabe, o que mais me estarreceu em tudo que você disse foi o fato de insistir em uma relação que desde o início dava sinais de fracasso (Porque isso?), ainda assim casar e com tudo que aconteceu durante o casamento continuar insistindo e pior, após o início do processo de divórcio ainda se encontrarem. Em minha cabeça isso tudo soa tão absurdo que eu não consigo entender. Tipo, porra, cadê seu amor-próprio, seu respeito por si? Insistir em migalhas é tão triste e de uma pequinês tão... sério, essa é a pior parte disso tudo para mim; não é a o casamento, nem mesmo a criança, é isso. Isso é o que começou a murchar o tal brotinho que falei em outro texto, isso é o que implica na minha decisão.
Eu não posso lidar com isso. E sabe o que é engraçado? Lembrar que ontem mesmo eu estava começando a pensar que talvez fosse você. Começando a achar que você era o cara que eu estava esperando, o que eu ia apresentar para minha família, veja só. Achei que te mostraria um monte de músicas e textos que leio vez ou outra ou até mesmo te ler todos os textos que te fiz, mas agora não faz mais sentido para mim. Impressiono-me como tudo pode mudar tão rapidamente. Eu estava a pensar que sua incansável insistência era por me querer demais o que te fazia passar por coisas que, eu no seu lugar não aceitaria de jeito nenhum. Mas agora vejo que talvez a insistência seja um padrão seu e, o que parecia ser algo bom passou a ser péssimo. É como se você insistisse não só pelo que vale mas também pelo que te destrói. Eu não gosto de pessoas autodestrutivas e não quero isso para você, não quero isso para mim também. Não sei se você é assim ou foi assim. Como vou saber?
Eu gosto de você, tenho carinho, me preocupo e por isso mesmo te digo que você precisa rever suas ações e seu posicionamento diante das pessoas e até mesmo da vida. Você não pode aceitar pouco, migalhas. Você merece coisas boas, leves e inteiras e não deve aceitar menos que isso. Não aceite que te pisem, não implore presença, se ame. Se baste. Quando você for completo com si e conseguir se sentir bem em sua companhia ai você poderá está com alguém e assim, compartilharem alegrias. Eu gosto de você mas parece que você não se gosta tanto assim e, desse jeito, eu não quero e é por isso que não quero continuar. Que fique claro, não pelo casamento ou filha, mas por isso.
Espero que não leve isso como mais uma história que não acabou bem. Espero que consiga tirar algum proveito disso. Eu ficaria muito feliz se isso te fizesse pensar a respeito de si e te mudar nesse sentido, se achar que precisa, claro. No mais, sei que não é o tipo de texto que queria ler, se há algum consolo nisso, esse é o último.
Fique bem com tudo isso e, se você for o pai, seja o ótimo pai que acredito que pode ser.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Alguém tinha que falar

Sabe, estava aqui lendo alguns textos que fiz esse ano e vi alguns que fiz para você. Isso me fez refletir que faltam duas semanas para o ano acabar e estamos nessa: afastados de novo por conta de (mais) um desentendimento. Pergunto-me quantos desentendimentos ainda virão para que possamos nos entender de verdade, se teremos paciência de esperar até lá, se vale a espera, e claro, se algum dia nos entenderemos de fato. Não gosto desse tipo de situação porque não sei como resolver nem se posso tal feito. Posso, podemos?
Acho que precisamos colocar pontos em alguns I's por aqui, essa situação tem sido desgastante e sinceramente não nos leva a lugar algum, pelo contrário, nos prende, estanca. Quer ter esse tipo de conversa e resolver isso também, ou esse será um texto inútil?


Resolveu continuar a ler? Ok, então vamos lá.

Uma coisa que não gosto: superficialidade. Isso me irrita profundamente, sério, é broxante. Cada vez que você vem com algo físico, apenas físico, fico irritada (e isso faz com que eu erga mais o muro). Vamos ser francos, corpo por corpo há um monte nas baladas da vida (sarados, altos, baixos, gordos, magros, feios, bonitos... o cardápio é extenso). O que diferencia uns dos outros é o conteúdo e é isso que estou procurando. Pode me dar? Isso é o que me atrai e já te deixei ciente disso.


Não há problema em sentir desejo (juro, pode sentir, eu gosto de estar com você também) nem expressar o que sente mas não precisa ser tão direto. Use e abuse das entrelinhas. Siga menos a linha "funk" e mais "MPB", amor. Menos Malandramente, Bumbum granada e mais O meu amor (Chico Buarque), Soneto do teu corpo (Leoni/Moska). Cada vez que você fala coisas que "forçam" intimidade eu subo alguns tijolos nesse murinho que me afasta aos poucos de você e sinceramente eu não quero isso, mas é o que acontece. 

Eu sempre carreguei um orgulho gigante em mim, do tipo que mesmo errada não admitia, do tipo que morria e não falaria o que realmente importa e, veja só como mudei, estou aqui te chamando para uma conversa séria, é até engraçado, sério. Cá estamos afastados de novo e eu me pergunto se você fica na ânsia de falar ou receber alguma mensagem minha ou se está pouco ligando, sabe? Mas eu realmente não tenho mais tanta paciência como tive no passado de aguardar que as pessoas venham a mim para resolver aquilo que ME incomoda. Tipo, se me incomoda eu que tenho que me mexer, afinal estar em paz com si não tem preço, né?

Já percebeu que estamos em um ciclo vicioso? É assim ó: (1) passamos muito tempo sem ver, (2) Saímos e é legal, (3) voltamos a conversar de boas, (4) rola um desentendimento, (5) não tentamos discutir sobre isso então nos afastamos, (6) do nada aviso que estarei ai, (7) voltamos a nos falar, (8) nos vemos - e ai começa tudo outra vez. É um ciclo cansativo, não acha? Consegue ver onde está o passo errado? Acho que é o 5, hein. E eu fico aqui pensando se devo insistir ou não porque, sei lá, eu tenho a impressão que vale a pena, só precisamos de ajustes. Outras vezes eu acho perda de tempo.
Eu odeeeeeio essas conversas chatas, não aguento mesmo, acho, inclusive, que nunca tive tantas assim com outro alguém além de você. E porque já tivemos tantas? Porque eu ainda me importo. Ainda estou nisso.

Mas não sei até quando e caso queira, não somos obrigados. Podemos não mais estar.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Mutantes

Não sei como vim parar aqui está amanhã. De verdade, estava lendo uns textos na minha página e vi que esta página estava entre as favoritas - deve ter sido há um milhão de anos, obviamente.
Bom, chegar e dar de cara com esse texto me trouxe algumas lembranças amargas e lágrimas também. Chorei por (1) agora ser uma pessoa emotiva, lide com isso kkkk e (2) porque acompanhei tudo e sei que o sofrimento era bem maior do que as palavras tão bem colocadas aqui poderiam descrever. Eu sofri com você e fico feliz por saber que essa fase se foi para nunca mais voltar. Obviamente você não lerá nada que há aqui (o que é bom) e abandonou isso como um pedaço da memória que foi esquecido - e deve ser assim mesmo.
O que estou escrevendo é uma forma de expor o que sinto agora, lendo esse texto de um alguém que um dia foi você. Esse alguém não existe mais e sou imensamente grata, de todo coração, a Deus pelas bençãos em sua vida. O "você" que eu conheci, morreu e, sem antes eu falava isso com amargura em cada sílaba, hoje cantarolo de alegria - ele morreu!
Devo ser extremamente trouxa por isso, uma vez que você desprezou minha melhor parte (minha amizade) sem a menor consideração, mas tudo bem. Isso não dói, não mais. Também já não sou aquela que você costumava conhecer. Hoje somos dois completos desconhecidos. E fico feliz com isso, sinal que a vida é mutável e nós somos seres em evolução, mutantes.
Este trechinho que você escreveu particularmente me chamou atenção: "Espero um dia me sentir um pouco feliz, ao menos um pouco, não completamente, por que nunca acho que ninguém conseguiu esse feito."
Espero que tenhas "quebrado a cara" nesta afirmação. Que sim, você esteja feliz, completamente feliz e que tenha visto que isso é possível sim. Com Deus somos mais fortes.

De uma desconhecida que deseja luz em teus caminhos,
Charlote

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Brotinho

Cada vez que te vejo é uma novidade. É como se estivéssemos aguando algo que só cresce, um brotinho de sentimentos bons. Dessa vez fomos para um show, e talvez tenha sido um dos nossos encontros mais longos. Pudemos passar bem mais tempo juntos e com isso percebi o quanto senti sua falta e o quanto eu estava feliz por estar com você (não conseguia parar de sorrir, caso não tenha percebido). Eu não queria me soltar de ti, o que é raro, uma vez que eu geralmente não gosto de grude. Geralmente. Não com você, pelo visto.
Dessa vez pude ver também que você também não conseguia manter as mãos (e lábios) longe de mim - e eu estava feliz com esse arranjo. Vi e senti o tanto de carinho que você me tem e só posso dizer que provavelmente é recíproco. As amigas dirão que é uma piada, que só eu poderia dizer "provavelmente" quando na verdade é algo óbvio, pra elas, mas, sei lá, não sou de muitas certezas, sabe como é, geralmente enjôo rápido. E por falar nelas, amigas, me desculpem, não consigo dar mais detalhes com relação ao último encontro. Não que eu não queira mas, quando procuro as palavras... elas simplesmente não vêm (veja só, logo eu que tenho essa relação de puro amor com as palavras!). Acho que, inconscientemente, quero guardar isso pra mim, entendem? Não é uma questão egoísta (eu acho), só não consigo descrever o quê senti ali, nem como. Acho que não encontraria as termos certos nem que fosse a própria Jane Austin, C. Lispector, Marchado de Assis, Mia Sheridan, G. Lacombe...
Em resumo, foi divertido, agradável e me deixou na expectativa de mais. Mais dos beijos (que variavam do carinhoso à quente) dos abraços, de presença... mais.

Poeminha

Veja bem
                    Meu 
                                bem,
não preciso de você 
para ser completa
em 
          nada, 
já sou inteira.
Mas te quero perto 
porque contigo 
eu trans
             bor
                    do
de sorrisos,
                 de amores, 
                                 de sentidos, 
                                              de sabores.