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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Brotinho

Cada vez que te vejo é uma novidade. É como se estivéssemos aguando algo que só cresce, um brotinho de sentimentos bons. Dessa vez fomos para um show, e talvez tenha sido um dos nossos encontros mais longos. Pudemos passar bem mais tempo juntos e com isso percebi o quanto senti sua falta e o quanto eu estava feliz por estar com você (não conseguia parar de sorrir, caso não tenha percebido). Eu não queria me soltar de ti, o que é raro, uma vez que eu geralmente não gosto de grude. Geralmente. Não com você, pelo visto.
Dessa vez pude ver também que você também não conseguia manter as mãos (e lábios) longe de mim - e eu estava feliz com esse arranjo. Vi e senti o tanto de carinho que você me tem e só posso dizer que provavelmente é recíproco. As amigas dirão que é uma piada, que só eu poderia dizer "provavelmente" quando na verdade é algo óbvio, pra elas, mas, sei lá, não sou de muitas certezas, sabe como é, geralmente enjôo rápido. E por falar nelas, amigas, me desculpem, não consigo dar mais detalhes com relação ao último encontro. Não que eu não queira mas, quando procuro as palavras... elas simplesmente não vêm (veja só, logo eu que tenho essa relação de puro amor com as palavras!). Acho que, inconscientemente, quero guardar isso pra mim, entendem? Não é uma questão egoísta (eu acho), só não consigo descrever o quê senti ali, nem como. Acho que não encontraria as termos certos nem que fosse a própria Jane Austin, C. Lispector, Marchado de Assis, Mia Sheridan, G. Lacombe...
Em resumo, foi divertido, agradável e me deixou na expectativa de mais. Mais dos beijos (que variavam do carinhoso à quente) dos abraços, de presença... mais.

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