terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mais uma carta

Então é isso: o ano está acabando e eu vou deixar mais uma casa para trás. Vou começar de novo (outra vez) e quero fazer tudo certo dessa vez. Sabe, quero deixar o que passou em seu devido lugar: no passado. E por isso mesmo, pensei em acertar as contas com você, colocar os pontos nos I´s, sabe? Bem, isso é o que eu queria, agora não sei mais se esse é o caminho. Aquilo tudo já passou e o que eu quero te dizer, devia ter sido dito há tempos, de modo que, talvez já não haja um porquê para que eu diga tudo isso. Falar agora pode abrir feridas, confundir pensamentos, sentimentos... enfim, pode ser mais uma besteira.
... E que se dane as besteiras, lá vai!
Não quero que duvide que gostei de você. É, gostei do meu jeito meu insensível, mas gostei sim. Nunca fui de demonstrar, mas agora que você sabe desse blog, saiba também que há muito de você aqui, há muitas cartas pra você e, se quiser ler depois de tanto tempo, sinta-se à vontade. Eu já não ligo que me leia, me interprete ou me entenda mais (ou entenda menos). Eu sei que quando eu clicar em "publicar postagem" eu me arrependerei e me arrependerei mais ainda quando te mandar esse link, mas eu preciso que saiba que não sou tão fria quanto aparentei ser. Bem, nem sei por quê quero tirar essa imagem, nem sei se dar pra mudar a imagem que você já tem de mim. Não sei. 
Em breve estarei longe e você não precisará mais manter a educação em me cumprimentar, tudo bem, eu entendo que não sou lá muito agradável ou merecedora. Eu sei que fui péssima com você, mas acredito que isso tenha sido algum mecanismo de defesa. Talvez eu tenha tido medo mesmo: de me apegar demais, de deixar de ser minha para ser tua, medo de sofrer ao fim das contas... enfim, medo. Por mais que eu não quisesse, já estava sentindo muito tua falta (seria um início de dependência?), um medo de esse "quase algo" que tínhamos ser nada a qualquer instante. Aos poucos fui me adaptando a estar sem você e, quando me vi um tanto menos dependente de você, pus um fim, antes que eu dissesse "sim" novamente. 
É estranho que, depois da forma que eu disse aquele "não" não consegui mais te encarar de frente. Até meu inconsciente sabe que foi péssima a forma que eu agi, com tanta frieza. Agora, aqui estamos, mal nos falamos, mal nos cumprimentamos. Sabe, eu sei que errei, mas sinto falta da sua companhia, das conversas, das risadas, enfim... sinto sua falta. 
Sinto muito pela forma como agi e... bom, é isso. Se quiser ler o blog ou não, é uma opção sua, assim como me desculpar ou não. Sinta-se à vontade... Ah, nem sei se vou ter coragem de te mandar esse link, de acabar com todos os segredos, de me "despir" assim... Talvez essa seja só mais uma carta que eu não mando, mas uma carta pra você, mas uma carta cheia de você que fica aqui, ali, em mim.




"Tem coisas da gente que não são defeito nem erro: são só jeito da gente ser."
Caio Fernando Abreu

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Segredos

Nunca disse que não era antipática, desligada, grossa, calada (ou que não gostava de você).  Eu sei que sou imprevisível, inconstante e muito, muito teimosa. Além disso, você deve saber que sou chata, egoísta, cética, desequilibrada, distraída, introspectiva, calculista, confusa, indiferente com você, indelicada, orgulhosa e sempre muito independente. Não sei  ouvir conselhos, admitir meus erros ou pedir desculpas (Olha, eu sei que essa não é a melhor forma, mas quero que você saiba que eu sou cheia desses defeitinhos e tudo isso implicou no fim e na forma que ele ocorreu).  Sem graça, misteriosa, indecisa, nostálgica, maluca, antiquada, racional, lógica, insensível, sarcástica e  irônica. (É um jeito estanho, mas o que eu tô tentando fazer é pedir desculpas.
Tenho mania de organização, sou fria, enigmática, inquieta, e amo estar só. Não solidão:  gosto de estar comigo, na minha companhia... eu e meus pensamentos. Sou excêntrica, fora dos padrões, extremamente desastrada, não sei falar sentimentos ou viver aquilo que não acredito. (Não gosto de coisas passageiras, não sou para sentimentos curtos. Se for para ter prazo validade prefiro nem começar.) Amo recomeços, novidades dia após dia. 
Realmente eu sinto muito. Não devia (nem queria) ter te tratado daquela forma. Desculpe-me por qualquer mal que tenha te causado. :\

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Amor, sublime amor

Meu amor, ainda que não seja isso que eu queira pra nós, eu continuarei aqui, ao seu lado, para chorar junto quando preciso for. Não garanto que possa te dizer algo que vá consolar teu coração, ou amenizar tuas angústias, mas te prometo meu sincero abraço e meu ombro para que tente reconfortar tuas dores e chorar tuas lágrimas.
Não suporto ver teus olhos brilharem com tantas lágrimas, não me conformo com a ausência daquela gargalhada aos meus ouvidos e em seu lugar escultar apenas suspiros e lamentações. Te quero feliz tanto quanto quero ser feliz. Você merece tanto a felicidade, tem um coração tão puro, uma convicção tão admirável da profundidade e da verdade que há no amor... Ah meu amigo, você crer tanto nesse moleque levado!
E eu aqui, tão cética desse sentimento, me vejo sofre por ele. É estranho dizer, mas nossa amizade chegou a certo grau que eu faço das suas dores, tão dores quanto as minhas (isso é, de certa forma, bom. Né?)
Você com seu amor, eu com minha lógica e racionalidade fazemos uma dupla e tanto, não é mesmo? Ah, foram tantos momentos de apoio recíproco entre nós. Nossa amizade é de uma pureza tão singela que não consigo mais ter momentos importantes sem dividir com você, sem contar com tua frase de apoio ou bronca de irmão "mais velho".
No fim, desejo, que possamos lembrar de tudo isso e ver o quanto somos fortes, o quanto nossa amizade é sincera e o quanto já vivemos para, enfim, encontrar nossas felicidades.
Você nunca estará só. Amo você.






sábado, 22 de outubro de 2011

Paixonite


          É que quando a janelinha do msn sobe, meu coração já dispara e dá um frio na barriga só por saber que talvez ele fale comigo a qualquer instante *-* ; quando eu tô perto dele eu tremo como vara de bambu e fico suuuper gelada, num é normal não! Vai ver por isso que não quero ele perto, pra ele não ver isso... é demais, o queixo bate de tanto frio. Não gosto disso, esse sentimento, deve ser ruim pra me fazer sentir assim. :S Quando fico perto dele muito tempo e vou falar, a voz simplesmente some, falha na primeira frase. Por que isso, hein?! Tá em algum manual de regras? :P Acho que pra "conter" tudo isso, eu me porto de forma indiferente com ele, como se não quisesse que ele visse. Tipo, não quero que saiba que tem todo esse poder sob mim, não me sinto bem com isso =/

        - que lindo amiga *-------------------------------------*  você gosta dele!

        - Dá pra ver, é?! --´


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Conquiste

"Só ganha a felicidade quem acorda todos os dias disposto a conquista-lá."

quarta-feira, 12 de outubro de 2011



E me dói ver que mesmo depois de tanto tempo, minha fisiologia ainda muda quando te vejo. Coração, respiração, pensamentos. Tudo muda no segundo que você surge na minha frente. 
Dói por que o "nós" já está no passado.

Tiro no pé

  Bom, sair de casa foi uma escolha minha. Foi difícil, mas era necessário para cumprir meus objetivos. Tive o consentimento de Deus e o apoio de muitos amigos e de uma família em especial. Essa família se ofereceu de bom grado para ser minha pelo tempo que fosse preciso. Prontamente aceitei, convenci minha mãe que era o melhor e assim foi feito.
  Eles foram fantásticos, me ensinaram coisas básicas, mas bem úteis para se morar nessa cidade. Apresentaram-me amigos, me convidaram pra sair, mas nada importava quando chegava à sexta-feira. Eu ficava louca pra voltar pro meu mundinho, voltar pra casa, rever minha família, meus amigos, meu quarto, minha janela... Tudo que eu amo! Em casa eu ando como quero, saio quando bem entendo, canto na altura que bem entender. Enfim, não há nada como sua casa. Nas férias, como era óbvio, fui para casa. Lá pensei muito a respeito de muita coisa do semestre anterior e comecei a refletir sobre minha estadia na casa dessa família. Imaginei os está incomodando. Ora, alguém como eu chata, calada, meio nerd, que não sai de casa só pode ser incômoda. Se fosse em minha casa eu já estaria puta, confesso.
   Fim das férias eu tinha que voltar, mas esse pensamento de está sendo incômoda não saiu de mim. Odeio importunar as pessoas (ainda mais elas que tanto me ajudaram). Foi quando eu tive a “brilhante” ideia de tentar não incomodar. “Como?”
   Comecei a tentar passar mensagens do tipo “não se preocupe comigo, estou bem”, “eu me viro bem só”, “faz de conta que eu não existo” e passei a agir assim. Eu saia mais cedo, chegava tarde e comia fora. Eu dormia cedo e nada me segurava aqui na sexta. Eu quase não os via e não sabia de nada que se passava com eles e vice-versa. Era bem difícil mas  achei que assim importunaria menos. 
    Eu achava que os incomodava e eles pareceram aceitar bem essa minha mudança tão repentina, parecia não ligar, então continuei. Grande engano. Vendo que eles estavam aceitando bem, e que eu estava realmente incomodando, resolvi me organizar para ir embora. Isso mesmo, já havia comprado móveis, já tinha encontrado um cantinho para alugar. Eu não queria importuná-los mais ainda com minha péssima presença.
    Não demorou muito para as coisas saírem dos eixos e o mundo desabar na minha cabeça. Além de incomodados, sentiram-se ofendidos. Acharam que eu não queria a companhia deles e não queriam invadir "meu espaço". Sentiram-se magoados, traídos... enfim, tudo saiu completamente diferente do que o que eu havia esperado e foi totalmente mal interpretada (pra variar né?!). Não querendo incomodar, incomodei muito mais. Não planejei dessa forma.  
    Inventaram uma reunião. Nela falaram tudo que estava engasgado em suas gargantas e eu só consegui ouvir calada. Falaram coisas antigas, falaram de sentimentalismo. Uma pessoa disse: "Já passamos tantas coisas juntos, natais, anos-novo, carnavais, viajamos. Acho que essas coisas só os melhores amigos fazem". Isso me acertou como um tiro no coração. Me senti um monstro depois disso, mas conversando com uma amiga depois pude refletir que o que isso não é coisa de melhores amigos, afinal, é bem fácil esta junto em momentos tão agradáveis como festejos. Amigo mesmo, de verdade, são as pessoas que me abraçam quando não resisto as lágrimas e que falam o que acham que preciso ouvir, independente do que eu acharei de seu discurso. 
    Ouvi o que todos tinha a dizer, cinco pessoas magoadas e eu ouvi tudo calada. Não chorei, não me defendi, nada. Vi que tudo foi uma falha de comunicação em proporções indescritíveis e, para não culpar pessoas que amo, preferi ficar com a velha culpa.
    Magoei pessoas, as fiz chorar, pedi desculpas, mas não foi suficiente. Hoje todos nós fingimos que nada aconteceu e estar tudo bem, mas sabemos que não está. As coisas estão a base de educação e respeito, não há mais amizade e isso está me deixando louca. Estou sozinha aqui e fui a única que não se pronunciou. Ainda. 
     Preciso falar, mas não sei como. Preciso dizer que não sou tão errada assim, e também me magoei por não falarem comigo quando necessário. "Seu espaço", dane-se meu espaço! Vim morar aqui e preciso me consertar quando necessário, estou me adaptando (ou, pelo menos tentando). Me magoei por não me contarem das grandes conquistas deles nesse segundo semestre. Essa conversa, acredito, não ajudou em nada. Nada melhorou, nada piorou, está tudo na mesma. Foi um belo tiro no pé: só doeu, só causou sofrimento e não matou.
     Mas o que isso importa agora né?! Já tá tudo tão estranho, tão perdido, não sei se conseguirei fazer as coisas melhorarem. Quando comparo as coisas de um ano atrás e hoje, me bate um aperto no peito. 

Como as coisas mudaram tanto assim? 
Como me perdi tanto de mim? 
Quando modifiquei meu ser a tal ponto?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O tipo de coisa que eu não falo

Nunca entendi como pessoas que tinha tudo para ter uma vida perfeita e feliz simplesmente não eram.  Família unida e sorridente, namorado engraçado, tudo nas mãos, mas não transbordava essa tal felicidade. Mas me observando, percebi que ninguém sabe da vida de ninguém, nem mesmo os que convivem com você, podem não saber o que se passa no seu infinito particular.
Eu nunca fui transparente, sempre fui um enigma até pros meus amigos, mas sempre me mostrava alegre e isso faz com que eles achem que estou sempre bem, mas não é verdade. Outros acham que eu sou alguém metida e arrogante por sempre poupar o falar (nunca gostei de me explicar, desabafar ou coisas assim). Não que eu não precise das pessoas, é que eu tenho (no meu subconsciente, talvez) a ideia constante que eu não preciso demonstrar isso pra elas.
 O que de fato acontece é que eu sou como você, como ela, como qualquer outra pessoa, o meu problema é não falar (o que já aprendi que me faz mal). Ninguém sabe o quão é difícil ser a “rocha” da família, aquela que é a primeira pessoa que pensam nos momentos difíceis. Ninguém sabe o que é ser a pessoa em que todos apostam as fichas e esperam que você não vacile. Ser o ombro amigo de todos é gratificante, mas não deixa de ser difícil, pois, você tem que ser forte por você e pelo outro e ainda passar essa força, pois ele precisa mais. É, eu sou uma pessoa dessas e é um fardo enorme levar o orgulho de todos nas costas.
Ter uma mãe depressiva e bipolar é bem difícil, pois você tem que lidar com todas as alterações e não se alterar, se adaptar. E quando os outros não se adaptam e perdem a cabeça, a rocha tem que contornar a situação, e eu sou essa rocha.  Você já teve que evitar algum suicídio ou ler um testamento? Espero que não, porque é uma sensação extremamente dolorosa. Talvez você não saiba o que é ser forçada a ser forte a cada instante, mas eu sei. Vai ver por isso eu aprendi a ser um tanto insensível em alguns setores da minha vida, como no amoroso, por exemplo. Não que eu queira ser, mas a vida me moldou dessa forma.
Cansei de apartar brigas em casa, ou entre amigos para o bem de todos. Já ouvi muita coisa injustamente e não me defendi, vendo a situação de quem falava, eu pensava: “ela precisa falar, tudo bem”.  Eu tenho essa “mania” de querer que os que amo estejam bem, embora isso seja me anular quase sempre. Ouvi críticas nem sempre é fácil, mas é preciso.
Sempre contei com meus amigos, mas não desabafando. Até conto esse tipo de coisa, mas de forma desinteressada, como se fosse algo sem merecimento de importância. Eu conto com eles como forma de me desprender de tudo isso. Quando não aguento mais a situação, eles estão comigo e só pelo fato de rir, cantar ou só por estar ali, já me faz bem, já mudam minha energia. É incrível o poder de mudança que eles, a música e a escrita têm sob meu astral.
Ouço muitos conselhos que dizem que devo esquecer tudo, pensar em mim, mas eu não consigo, não consigo abandonar todos que precisam para pensar só em mim, isso seria egoísmo de minha parte.
Eu quero é ser compreendida sem precisar me expor assim, é possível?  Tudo que almejo é em breve poder dizer que apenhei muito na vida, mas, enfim, deu tudo certo e estamos todos bem. Tenho certeza que esse tempo chegará logo (e permanecerá).

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Independente Futebol Clube

Meu time. Eu sempre almejei independência, acho que sempre joguei nesse time. Desde muito pequena quis me virar sozinha. Sempre quis mostrar que sou capaz e, por mais que fosse errado, quase nunca aceitava ajuda (e até hoje sou assim). Acho até que era uma forma de me provar ser capaz. Sempre fui assim, em tudo.
            - Mas, sentimento é diferente, certo?
            - Errado!
Quer dizer, certo é, mas comigo não funciona assim. Quando senti as coisa mudarem por um certo alguém, achei que melhoraria esse meu lado, um tanto egoísta eu diria. Mas não, continuei com a velha mania de independência.
Ela me fez crer que demonstrar o que sinto era errado, coisa de fraco. Eu fui tudo que não se deve ser: indiferente, individualista, fria, grossa, chata, egocêntrica, dona de um silêncio profundo. Eu construir minha casa, um castelo cercado por um fosso cheio de obstáculos e com um muro enorme ao redor, fazendo com que ele se mantivesse sempre afastado.
Eu sei que errei, em muitos aspectos, isso é óbvio. Não sei o que me deu. Tentei pôr na cabeça que não seria nada sério, que não haveria apegos, que passaria rápido. Achei que ele pensaria da mesma forma (vai ver ele pensou mesmo) só um passatempo né?!
Vai ver foi tudo muito rápido, acho que tentei não me apegar tarde demais e, mesmo gostando muito, nunca demonstrei absolutamente NA-DA! Escrevi tantas cartas aqui pra ele. Quase tudo, boa parte do que pensei e não escrevi, boa parte dos sonhos, lembrados ou não, eram com ele, por ele. Acho que era algo forte demais pra mim e, ao invés de colocar pra fora, reprimi tudo em mim (e aqui). 
Eu sei que o magoei muito com minha frieza e falta de palavras mas, eu sempre tive e quis falar muito, mas sempre que tentava desistia ainda em pensamento. Eu não sou o monstro que te apresentei, é uma pena que não possa mais fazer nada a respeito disso, tudo se foi e só mágoas eu deixei. Estou ficando especialista em fazer as pessoas que amo sofrer... Agora, depois de tantos acontecimentos, eu não faço ideia de como conversar com ele, não consigo se quer estar no mesmo ambiente. Sei lá, acho que fiquei sem jeito depois de tantos vacilos. Queria muito falar com ele sobre isso, mas no fundo temo o que eu ainda possa ouvir, eu bem sei de todos os meus erros, mas ele deve ter uma visão diferente da minha (óbvio, né?!). Já ouvi inúmeros conselhos de amigos e, principalmente, da minha consciência, mas não faço ideia do primeiro passo.
Eu sei que sou cheia de defeitos, sei que cometo erros por cima de erros e não que eu queira voltar ou tentar de novo; eu só queria fazê-lo me entender um pouquinho (será possível?!), queria realmente me desculpar por tudo que causei e pela perde de tempo que ele teve durante todo esse tempo tentando me conquista. Ele conseguiu bem antes de tentar e nem sabia. Eu já escrevia pra ele há muito tempo. Todos os "não, não sei e talvez" foram uma tentativa de frear, de impedir que eu fosse além (o meu lado racional sempre disse que era uma péssima ideia seguir meu coração), mas já era tarde demais, tudo que eu estava fazendo era adiando o inevitável.
Eu bem sei que não ninguém aqui se importam em ler até o fim todas as besteira que escrevo, o que tento mesmo é desabafar pra achar uma solução ou esquecer de vez. Bom mesmo seria se "ele" lesse, mas eu sei que isso não vai acontecer, afinal, como chegaria aqui?! Talvez um dia eu tenha coragem de me "expor assim", de deixar que eu seja lida, interpretada e decifrada por ele. Quem sabe né? 
Esse campeonato ainda não acabou, ainda temos muitos jogos e eu vou treinar mais, rever quem entrará em campo e mudarei minhas estratégias de jogo para que meu time sai da zona de rebaixamento e ganhe logo esse campeonato árduo e cansativo, porém tão satisfatório no final das contas.

domingo, 25 de setembro de 2011

Ah, Saudade!

Nossa, quanto tempo não venho aqui. Desde julho não há um texto meu por aqui. Não que eu os ache tão bons assim, mas é que postar o que eu sinto parece aliviar um pouco dessa carga de sentimentos e emoções que tenho. O fato é que estou muito afastada de mim, de quem eu sou, acho que esse é um dos motivos de não está escrevendo. Quando eu escrevo, eu me encontro e, ultimamente, tenho estado um tanto perdida nesse caminho cheio de bifurcações.
Bom, mas eu já comecei a limpar minha casa: teias de aranha, poera... tudo isso está indo-se aos poucos. Em breve tudo voltará ao normal aqui dentro e, consequentemente aqui fora. Como disse Shrek "melhor pra fora do que pra dentro". Não é com o mesmo objetivo que ele, mas acredito que com o que sentimos também é assim: se o que você sente é muito forte é melhor deixar ir. Medos, incertezas, amores, tudo isso deve estar sempre do lado de fora. Eu aprendi isso apanhando e agora as coisas serão diferentes.
Espero que essa mudança seja vista aqui também. Voltarei com mais frequência e com novidades. Espero.

Segundo Fernando Pessoa

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração."  

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sabor amor


Essa coisa, antes tão estranha, chegou causando um vício absurdo e eu, que tanto tentei escapar, hoje me vejo pedindo todos os dias mais uma bola do seu sorvete sabor amor. Ele não derrete e deixa o potinho de sobremesa cada vez mais cheio. Até que, um dia, o estoque acabe e só reste pistache, crocante e outros sabores comuns.

domingo, 7 de agosto de 2011

Não Dói



O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói.



Cazuza

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Funciona assim:

Você se apaixona e não pára de pensar no cara. Guarda as conversas de msn, pensa nele a todo instante, conta pra amigas e passar a agir como uma demente sem-noção. Ele por sua vez, alimenta tudo isso, mandando sms´s, liga e fala besteirinhas. Vocês se entendem e dão uma chance pra esse tal amor. Por um tempo é tudo mil maravilhas. Você estar feliz, ele está feliz. Todos estão felizes. Depois de uns três meses você se incomoda com as manias dele, e ela começa a reclamar que você fala demais. Você começa a cansar e sente falta da sua vida de solteira, ele sente falta das farras com os amigos. Você troca de perfume, ele troca o corte de cabelo (e você odeia). Você volta a sair com seus amigos, ele volta pras festas. Um belo dia você acorda e percebe que cansou. Assim, do nada. Você pára de pensar nele, as conversas perdem o sentido. Você começa a limpar "sua casa", joga fora tudo que perdeu o significado. Vocês param de se ver. Cada um segue sua vida, com algumas poucas lembranças do que tiveram juntos. As coisas mudam, sentimentos não são diferentes. Simples assim.



domingo, 17 de julho de 2011

(Des)Esclarecimentos


E essa agora. Eu tava tão bem, poxa. Tinha mesmo que vir falar sobre essas coisas depois de tanto tempo? Já estava tudo arrumadinho aqui e você vem e bagunça tudo outra vez. Não era pra ser assim. Era algo sem apego, sem compromisso, sem perguntas e já tinha passado. Pra quê complicar as coisas? 
(Ãh, eu q tô complicando? Ok, eu sou mesmo complicada, mas isso não vem ao caso, o fato é que não dá mais, passou.)
Outra coisa: Eu não sou, e nunca fui, de demonstrar emoções. Isso é estranho e muito difícil pra mim. Não  pense que eu nunca tentei, mas só aqui consegui fazer isso, de uma forma bem oculta, eu sei, mas foi a forma que eu arranjei de falar o que sinto. Eu não desisti de tentar me expressar de outras formas, mas até lá, essa é a melhor opção.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

E sabe o que é melhor?

É perceber que minha vida continua perfeitamente bem sem você. Que eu continuo me divertindo, sendo feliz, que continuo sendo observada por ai e que tudo que aquilo que parecia insubstituível é apenas uma (boa) lembrança hoje.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Declaração Verbal

Não precisa me lembrar que eu sou chata, misteriosa, independente demais e caladona. Eu sei de tudo isso. Eu sei que no fundo vocês todos só querem saber o que se passa na minha cabeça, o que causa essa cara de lesa olhando para o nada. O fato é que não gosto de me explicar, não gosto de falar de mim. Eu prefiro que as pessoas tirem suas próprias conclusões ao meu respeito, embora isso também seja difícil, já que eu sou tão introspectiva na maior parte do tempo. Mas falar de mim é complicado. As vezes eu tento, falo algo pra alguém que tenho muita consideração, mas ainda assim não é muito a minha. Hoje eu queria falar tudo isso pra alguém em especial, mas como não vou falar e nem mostrar o blog, fica aqui pra registrar e esquecer. 
Eu lembro que ele sempre tentava começar um papo e eu ficava no "sim", "não", "talvez" e "não sei". Isso era chato, eu bem sei disso, mas é que perto dele eu ficava pensando em mil e uma coisas. Imaginava situações, frases de efeito, pensava no antes e no depois  e hoje percebo que acabava perdendo o agora. Ah, só de lembrar dele me bate uns sintomas de saudade. Não exatamente dele, mas do que eu sentia, sabe?! Ele me causou sensações tão boas, tão felizes mas, eu  não aproveitei esse sentimento. Não sei o que me deu... Eu não queria cair no desconhecido, sempre achei que essa coisa de amor era pra fraco: todo mundo que ama fica tão vulnerável à outra pessoa. Achava isso muito estranho e decidi que não queria isso pra mim! Sempre disse aos meus amigos que teria tudo sob controle na minha vida. Até agora. 
Hoje tenho certeza que foi medo mesmo. Medo do desconhecido, daquilo que eu não poderia controla, calcular, nada estaria nas minhas mãos, estaria ao deusdará. Perdi o controle da situação.
Bom, então quando finalmente decidi seguir nesse caminho escuro, o sentimento que havia, aquele que seria como uma vela essa escuridão, parecia ter apagado. Foi tão estranho. Aquilo que havia sido tão imaginado, tão esperado, tinha passado. Agora é apenas uma lembrança, um nada. Nada mais fazia sentindo entre ele e eu, nada era tão especial quanto poderia ser. Acabou que fomos dois infelizes buscando felicidade em lembranças. Inútil. Dois frustrados. Um sentimento jogado num baú velho.
Acontece que eu sou uma confusão ambulante. Eu não sei bem do meu rumo, tudo pode ser nada em instantes. Eu sou o que tiver pra hoje. Um dia posso estar só sorrisos e no outro talvez eu nem fale pra não ser grossa. Mas isso é normal, toda mulher é assim as vezes, certo? Claro.
Mas meu problema é que eu era muito indiferente com ele, confesso. Não demonstrava me importar nem um pouco com ele, se estava bem, se não estava, não importava. Tudo passava pelo sentido. Nem me esforçava por nós. Acho que eu não queria dar o braço a torcer, não queria admitir que gostava de verdade.
Não o culpo por não ter dado certo pra gente. Qualquer um cansaria, eu mesma cansaria tendo que cuidar de cada simples detalhe. Não me esforçava porque aquele velinha havia se apagado na entrada desse caminho escuro, eu não tinha mais motivos pra estar ali. Meu erro foi não falar desde do início, aliás, meu erro foi o de não falar quase nunca, quase nada. 
Tudo acabou e nem amizade ficou. Mas tudo bem, mais cedo ou mais tarde ele poderá me conhecer de verdade, saber que não sou aquele monstro de nariz empinado. Um dia ele verá esse blog e acabará descobrindo que já disse muita coisa pra ele! O que fiz está feito. Tudo que posso fazer agora e mudar o futuro, tentar mostrar que sou na verdade. Ele saberá que eu gosto de escrever, que eu amo cantar, que sem o mar eu não vivo, que a música é o meu red bull e que sou bem engraçada pra muita gente, quase uma palhaça. Não só ele, mas todos, todos verão que sou bem mais do que podem ver.

Ligações

E quer saber do quê mais? Eu tô cansada!

É, é isso mesmo, tô cansada de ligações. Não aguento mais matar saudade por telefone. Eu quero a voz aqui, pertinho de mim. Eu quero a presença completa. Quero ver o cabelo bagunçado, o sorriso e o olhar. Eu quero senti o cheiro, o abraço e o carinho. Oras, saudade não se mata com ausência, ela já é a própria ausência. Tô pouco ligando se estás de pijama ou com roupa velha. Eu não quero mais ligações, elas só aumentam essa chata chamada saudade. As únicas ligações que aceito agora são as de convites pra sair. 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Defeito de fábrica

Acabou. Bom isso é óbvio para nós, mas, não para uma parte de mim. Aliás, a minha pior parte: meu subconsciente. Acho que meu subconsciente veio com defeito de fábrica, sempre nadando contra a corrente, só pra me irritar. Eu já disse pra ele que não temos mais nada, mas ele insiste em trazer essas lembranças que eu quero esquecer.
Arranjou essa mania de me tirar o sossego: não posso mais ficar sem fazer nada, não posso assistir tv, não posso sair... Todos os pensamentos acabam nele e eles acabam comigo. Hoje mesmo, me peguei rindo assistindo a uma série de investigação criminal “ah, ele adora essas coisas” pensei. 
Outro dia li artigos sobre temas que eu sei que o interessariam, mas, porque isso agora, querido subconsciente? Será que não dá pra aceitar, numa boa, que agora somos só eu e você? Eu tô bem com isso, só falta você. Vamos não faça desfeita, não faça isso comigo. Logo estaremos bem, e tudo isso será só uma velha lembrança jogada no cantinho do quarto.

sábado, 2 de julho de 2011

Sobra tanta falta

Há anos eu sonhava com o dia em que sairia de lá, finalmente estaria livre, o mundo pra mim, o céu seria o limite! Sairia daquela cidadezinha, aquele interiorzinho como outro qualquer: cidade parada, pessoas vazias que falam de pessoas, pré-julgamento alheio, falta de opções para tudo. Esse é um retrato dos interiores, o meu não era diferente. 
Enfim sai de lá, ganhei a "cidade grande" e uma estanha saudade daquela que sempre quis esquecer. Não sei o que aconteceu, de repente me vi ali, naquela correria, agitação sem tamanho... Tudo que eu queria era a calmaria da Terra Salgada de novo.
Ah... Terrinha Salgada! Depois que a deixei percebi tantas características boas: lá em tenho muitos por mim, eu vejo o pôr-do-sol mais lindo que se pode ter, lá posso sinto uma brisa ímpar, eu caminho tranquila nas ruas a noite. Lá é meu lugar! A capital é um bom lugar, ela me abrirá portas para meu crescimento que, infelizmente a Terrinha nunca faria. 
Mas o fato é que, depois que sai de lá, as coisas não seguiram o rumo que imaginei. Eu não estava feliz por ter ido embora, pelo contrário, acabei me tornando um pouco infeliz com isso. Aqui é tudo tão diferente, ninguém fala com ninguém, são todos mal educados, indiferentes com o próximo. Aqui são todos individualistas. Lá na minha terrinha todo mundo se conhecia. As vezes bate uma saudade e uma puta vontade de beber, mas desisto ainda em pensamento. 
Sinto-me deslocada, um europeu no Haiti, por exemplo. Não sei o que houve. Antes eu gostava desse lugar, agora só penso em voltar pra casa, minha casa de verdade. Mas não posso, isso seria admitir que minha mãe estava certa e eu não sou de dar a  mão à palmatória. Agora eu vou até o fim, ainda que sofra demais com essa estranha falta.
Aqui eu conheci muita gente e todos os dias aprendo algo novo, algo que me engrandece e eu gosto disso. Espero que consiga gostar tanto quanto gosto do meu interiorzinho ou do contrário, estarei condenada a morrer dia após dia de saudade da minha Terrinha Salgada.




"Aos olhos da saudade como o mundo é pequeno."
Charles Baudelaire

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Saudade de mim

As vezes sinto está perdendo oportunidades de apreciar as coisas simples da vida, fazendo com que ela seja ocupada por uma rotina inquebrável. Essa rotina está acabando comigo! Preciso sair e correr pra uma praia, preciso ver o mar e sentir a areia por entre os meus dedos, preciso sentir o vento a pentear meus cachos. Eu quero sentir essa energia que o sol tem penetrando minha epiderme e enchendo-me de uma paz renovadora, que faz qualquer rotina ser quebrada num simples fim de tarde.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Alô, férias?

Eu queria muito escrever agora mas, não sei se posso, tudo esta confuso em mim, talvez eu não consiga organizar nem mesmo as ideias. Recentemente descobri que não gosto do cara que eu achava que gostava e isso é frustrante. Esperamos tanto um pelo outro, ele era minha fonte de inspiração para tudo que eu escrevia (ainda que não fosse nada muito bom), ele me fazia sorrir e fomos felizes durante esse curto tempo mas, não sei o que aconteceu, acho que eu mudei.
Ai mas só poderia dar nisso mesmo! Minha vida tá uma loucura. Tenho mil e uma responsabilidades agora, na minha casa as coisas também estão exaustivas (você não sabe o que é ter alguém bipolar em casa, sabe?), tô sem tempo, de verdade, pros meus amigos e ainda tem ele!

Quando começam as férias?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tudo novo de novo

Eu queria postar algo novo por aqui mas, está tudo tão complicado ultimamente. Minha vida agora é outra: tenho que aprender novos costumes, conviver com novas pessoas, me adaptar a uma nova cidade. Ah, descobri, de verdade, o que significa a palavra saudade. Minha vida é outra em todos os sentidos. 

2011 começou com tudo pra mim, ano novo, vida nova mesmo! Até um novo amor surgiu. Ele não tem o estereótipo que admiro ou que pelo menos, eu goste, é totalmente diferente das minhas expectativas, mas fazer o quê se ele me faz tão bem? Me causa uma sensação tão boa, trás o velho sorriso involuntário e aquelas velhas sensações que todos sentem quando estão assim, nesse estado de esquecer um pouco a realidade e se permitir sonhar um pouco mais. E eu tenho feito muito isso, me pego pensando nele no meio da aula ou em qualquer outro momento do dia, que parece diminuir dia após dia. Só de vê-lo eu sorrio, tento esconder, mas está tornando-se impossível a cada dia que passa.
Outra palavra que faz parte da minha rotina é nostalgia. Ah como fazem-me falta os velhos amigos da escola! Tão bons eram aqueles momentos com eles, tão puro o sentimento de amizade... Hoje todos cresceram, têm obrigações maiores, agendas não batem, novas pessoas, fazendo com que restem apenas as fotos, o rabisco no caderno, as lembranças.

Eu vejo aqui um novo capítulo, cheio de desafios, obrigações e situações. Sinto que será um pouco de comédia, drama e, por que não, romance? Eis aqui um novo capítulo da minha vida e, cá pra nós, espero que seja bem melhor que o anterior. 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Lições

Nunca fui de chorar com despedidas. Nunca fui de me lamentar dentro de um carro após dizer "adeus!" na hora de partir. Acho que desde muito pequena aprendi que as vezes precisamos estar longe das pessoas amadas por está ser a melhor opção para uma das partes. Aprendi a conviver com a ausência, aprendi a sofrer menos por isso.
Sofro menos mas isso não significa que meu sofrimento é pequeno ou inexistente.
Sinto falta de pessoas incríveis e significantes. Sinto falta da amiga perfeita que sempre me apoia, e dar os conselhos certos que eu reluto em  seguir por ser orgulhosa demais. Sinto falta daquele sorriso inocente que me faz brilhar os olhos de tanta felicidade. Sinto falta do carinho de alguém especial e de seu olhar convidativo. Sinto falta de um abraço único no mundo, em que encontro todo o aconchego e compreensão que eu possa precisar. Sinto falta daquela gargalhada que me fez rir junto por ser tão engraçada.
Sinto falta de lugares que me trazem belas lembranças, com pessoas cativantes... Falta de cheiros, sabores e sensações. São nessas horas que lembro que um sábio poeta disse em  um momento de sublime inspiração que "sabendo sofrer, sofre-se menos". Sempre que a dor da ausência me aparece eu lembro da parte boa de tudo isso, acho que é o que me sustenta, o que acomoda o coração sabe? Acho que essa é a graça de nostalgiar de vez enquando, reviver um pouco, sonhar em estar ali, vivendo tudo, errando tudo mais uma vez, quebrando a cara, mas sorrindo no final, ah sempre sorrindo. Isso tudo faz o coração bater mais forte. Vai ver essa é a graça de viver.



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cartas que eu não mando #8

Olha, estive pensando sobre aquilo e, se você quiser mesmo que seja, tem que ser pra valer. Eu não me conformo com pouco ou metade, eu quero por inteiro. Essa coisa de outros planos ou sem tempo não rola, quero atenção sempre. Quero sair, trocar ideias, carinhos, beijos, abraços... Se quer mesmo que fiquemos juntos terá que aturar minhas manias de falar demais e querer voltar a ser criança de vez em quando. Vá logo se acostumando com meus gostos antiquados e com meu péssimo hábito de achar que sei cantar, ah é nem venha chamar pra dançar em lugares públicos de novo, você já sabe que eu não danço (mas tô aceitando aulinhas particulares, viu?!). Vai ter que aceitar a forma que trato meus amigos e com todos os palavrões que eu amo falar.
Terá que aprender que quando eu não ligo pra você, não significa que eu não sinto sua falta, mas sim, porque não gosto de telefone e te quero perto de verdade. Fique logo sabendo que romantismo não é minha praia e troco qualquer festa por um bom programinha caseiro; saiba que gosto de ler e também escrever algumas bobagens que me vem a cabeça as vezes e que boa parte dessas bobagens são pra você.
Se aceitar minhas condições, não há mais o que dizer, é só me procurar. Você sabe onde me encontrar.

Cartas que eu não mando #7


Você vive dizendo que eu durmo demais. Bom, engano seu. Você me ver de olhos fechados, posso até fingir estar dormindo, mas nem sempre estou. Você agora está se perguntando “porque ela finge que dorme tanto? Será que é pra me evitar?”. Não, não é. Ou talvez seja. É que não me conformo com o fato de estar perto de você e ao mesmo tempo não poder estar, entende? É, vai ver eu fujo mesmo de você às vezes. Talvez por não conseguir evitar o que sinto por você e por não ter mais como esconder isso; talvez por saber que o que eu sinto é muito forte, e ter a crença que sentimento forte demais sempre traz sofrimento pra quem o sente. Vai ver eu fujo de você por despertar em mim coisas únicas. Talvez eu fuja por saber que posso correr o quanto for, mas, que só vou me encontrar em você.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cometa Bobagens


“(...) Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar.(...) Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você. (...) Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal.Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade”.   
                                                                   Fabrício Carpinejar