Você está vivendo?

   Constantemente me faço essa pergunta e sempre chego a mesma conclusão. Não. Muitos dizem querer viver a vida intensamente, lindas palavras, mas o que fazem para que isso aconteça realmente? Nada. Isso não passa de um desejo universal. Queremos, queremos, mas nunca temos tempo para nossos quereres reais. Nos importamos mais com os quereres materiais. 

        Qual a última vez que você parou para ouvir a letra de uma música qualquer que tocava na rua? Ou então qual foi a última vez que você sentiu o vento em seu rosto e simplesmente fechou seus olhos e deixou o vento te abraçar? Espero que meu palpite esteja errado, mas acredito que a maioria responderá que faz muito tempo. Quantas vezes deixamos de sair com nossos amigos porque tínhamos que entregar um trabalho ou estudar para uma prova no dia seguinte? Quantas vezes deixamos de fazer algo que realmente queríamos por causa de obrigações de nossa rotina? Deixamos de apreciar o simples. Nós o tornamos comum, sem graça. 

        São os detalhes que fazem a diferença nas situações, nas nossas vidas. Um sorriso, um olhar, um gesto, atitudes simples podem trazer grandes mudanças no que virá adiante. Estamos nos privamos dessas felicidades instantâneas visando felicidade constante, mesmo sabendo que ela não vem toda de uma vez, mas sim em pedaços ao longo de nossas vidas, para que possamos suportar nossa passagem pela Terra.

        Sorria! Ria da topada que sofreu, do erro que cometeu, aprecie um pôr-do-sol, ouça as ondas do mar, veja as paisagens na estrada quando viajar. Saia com os amigos ou fique em casa, com eles. Dê chances para amores improváveis, permita-se errar de vez em quando. Isso é viver!

         Agora responda a pergunta inicial: Como você está vivendo?