quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Lições

Nunca fui de chorar com despedidas. Nunca fui de me lamentar dentro de um carro após dizer "adeus!" na hora de partir. Acho que desde muito pequena aprendi que as vezes precisamos estar longe das pessoas amadas por está ser a melhor opção para uma das partes. Aprendi a conviver com a ausência, aprendi a sofrer menos por isso.
Sofro menos mas isso não significa que meu sofrimento é pequeno ou inexistente.
Sinto falta de pessoas incríveis e significantes. Sinto falta da amiga perfeita que sempre me apoia, e dar os conselhos certos que eu reluto em  seguir por ser orgulhosa demais. Sinto falta daquele sorriso inocente que me faz brilhar os olhos de tanta felicidade. Sinto falta do carinho de alguém especial e de seu olhar convidativo. Sinto falta de um abraço único no mundo, em que encontro todo o aconchego e compreensão que eu possa precisar. Sinto falta daquela gargalhada que me fez rir junto por ser tão engraçada.
Sinto falta de lugares que me trazem belas lembranças, com pessoas cativantes... Falta de cheiros, sabores e sensações. São nessas horas que lembro que um sábio poeta disse em  um momento de sublime inspiração que "sabendo sofrer, sofre-se menos". Sempre que a dor da ausência me aparece eu lembro da parte boa de tudo isso, acho que é o que me sustenta, o que acomoda o coração sabe? Acho que essa é a graça de nostalgiar de vez enquando, reviver um pouco, sonhar em estar ali, vivendo tudo, errando tudo mais uma vez, quebrando a cara, mas sorrindo no final, ah sempre sorrindo. Isso tudo faz o coração bater mais forte. Vai ver essa é a graça de viver.