sábado, 22 de outubro de 2011

Paixonite


          É que quando a janelinha do msn sobe, meu coração já dispara e dá um frio na barriga só por saber que talvez ele fale comigo a qualquer instante *-* ; quando eu tô perto dele eu tremo como vara de bambu e fico suuuper gelada, num é normal não! Vai ver por isso que não quero ele perto, pra ele não ver isso... é demais, o queixo bate de tanto frio. Não gosto disso, esse sentimento, deve ser ruim pra me fazer sentir assim. :S Quando fico perto dele muito tempo e vou falar, a voz simplesmente some, falha na primeira frase. Por que isso, hein?! Tá em algum manual de regras? :P Acho que pra "conter" tudo isso, eu me porto de forma indiferente com ele, como se não quisesse que ele visse. Tipo, não quero que saiba que tem todo esse poder sob mim, não me sinto bem com isso =/

        - que lindo amiga *-------------------------------------*  você gosta dele!

        - Dá pra ver, é?! --´


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Conquiste

"Só ganha a felicidade quem acorda todos os dias disposto a conquista-lá."

quarta-feira, 12 de outubro de 2011



E me dói ver que mesmo depois de tanto tempo, minha fisiologia ainda muda quando te vejo. Coração, respiração, pensamentos. Tudo muda no segundo que você surge na minha frente. 
Dói por que o "nós" já está no passado.

Tiro no pé

  Bom, sair de casa foi uma escolha minha. Foi difícil, mas era necessário para cumprir meus objetivos. Tive o consentimento de Deus e o apoio de muitos amigos e de uma família em especial. Essa família se ofereceu de bom grado para ser minha pelo tempo que fosse preciso. Prontamente aceitei, convenci minha mãe que era o melhor e assim foi feito.
  Eles foram fantásticos, me ensinaram coisas básicas, mas bem úteis para se morar nessa cidade. Apresentaram-me amigos, me convidaram pra sair, mas nada importava quando chegava à sexta-feira. Eu ficava louca pra voltar pro meu mundinho, voltar pra casa, rever minha família, meus amigos, meu quarto, minha janela... Tudo que eu amo! Em casa eu ando como quero, saio quando bem entendo, canto na altura que bem entender. Enfim, não há nada como sua casa. Nas férias, como era óbvio, fui para casa. Lá pensei muito a respeito de muita coisa do semestre anterior e comecei a refletir sobre minha estadia na casa dessa família. Imaginei os está incomodando. Ora, alguém como eu chata, calada, meio nerd, que não sai de casa só pode ser incômoda. Se fosse em minha casa eu já estaria puta, confesso.
   Fim das férias eu tinha que voltar, mas esse pensamento de está sendo incômoda não saiu de mim. Odeio importunar as pessoas (ainda mais elas que tanto me ajudaram). Foi quando eu tive a “brilhante” ideia de tentar não incomodar. “Como?”
   Comecei a tentar passar mensagens do tipo “não se preocupe comigo, estou bem”, “eu me viro bem só”, “faz de conta que eu não existo” e passei a agir assim. Eu saia mais cedo, chegava tarde e comia fora. Eu dormia cedo e nada me segurava aqui na sexta. Eu quase não os via e não sabia de nada que se passava com eles e vice-versa. Era bem difícil mas  achei que assim importunaria menos. 
    Eu achava que os incomodava e eles pareceram aceitar bem essa minha mudança tão repentina, parecia não ligar, então continuei. Grande engano. Vendo que eles estavam aceitando bem, e que eu estava realmente incomodando, resolvi me organizar para ir embora. Isso mesmo, já havia comprado móveis, já tinha encontrado um cantinho para alugar. Eu não queria importuná-los mais ainda com minha péssima presença.
    Não demorou muito para as coisas saírem dos eixos e o mundo desabar na minha cabeça. Além de incomodados, sentiram-se ofendidos. Acharam que eu não queria a companhia deles e não queriam invadir "meu espaço". Sentiram-se magoados, traídos... enfim, tudo saiu completamente diferente do que o que eu havia esperado e foi totalmente mal interpretada (pra variar né?!). Não querendo incomodar, incomodei muito mais. Não planejei dessa forma.  
    Inventaram uma reunião. Nela falaram tudo que estava engasgado em suas gargantas e eu só consegui ouvir calada. Falaram coisas antigas, falaram de sentimentalismo. Uma pessoa disse: "Já passamos tantas coisas juntos, natais, anos-novo, carnavais, viajamos. Acho que essas coisas só os melhores amigos fazem". Isso me acertou como um tiro no coração. Me senti um monstro depois disso, mas conversando com uma amiga depois pude refletir que o que isso não é coisa de melhores amigos, afinal, é bem fácil esta junto em momentos tão agradáveis como festejos. Amigo mesmo, de verdade, são as pessoas que me abraçam quando não resisto as lágrimas e que falam o que acham que preciso ouvir, independente do que eu acharei de seu discurso. 
    Ouvi o que todos tinha a dizer, cinco pessoas magoadas e eu ouvi tudo calada. Não chorei, não me defendi, nada. Vi que tudo foi uma falha de comunicação em proporções indescritíveis e, para não culpar pessoas que amo, preferi ficar com a velha culpa.
    Magoei pessoas, as fiz chorar, pedi desculpas, mas não foi suficiente. Hoje todos nós fingimos que nada aconteceu e estar tudo bem, mas sabemos que não está. As coisas estão a base de educação e respeito, não há mais amizade e isso está me deixando louca. Estou sozinha aqui e fui a única que não se pronunciou. Ainda. 
     Preciso falar, mas não sei como. Preciso dizer que não sou tão errada assim, e também me magoei por não falarem comigo quando necessário. "Seu espaço", dane-se meu espaço! Vim morar aqui e preciso me consertar quando necessário, estou me adaptando (ou, pelo menos tentando). Me magoei por não me contarem das grandes conquistas deles nesse segundo semestre. Essa conversa, acredito, não ajudou em nada. Nada melhorou, nada piorou, está tudo na mesma. Foi um belo tiro no pé: só doeu, só causou sofrimento e não matou.
     Mas o que isso importa agora né?! Já tá tudo tão estranho, tão perdido, não sei se conseguirei fazer as coisas melhorarem. Quando comparo as coisas de um ano atrás e hoje, me bate um aperto no peito. 

Como as coisas mudaram tanto assim? 
Como me perdi tanto de mim? 
Quando modifiquei meu ser a tal ponto?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O tipo de coisa que eu não falo

Nunca entendi como pessoas que tinha tudo para ter uma vida perfeita e feliz simplesmente não eram.  Família unida e sorridente, namorado engraçado, tudo nas mãos, mas não transbordava essa tal felicidade. Mas me observando, percebi que ninguém sabe da vida de ninguém, nem mesmo os que convivem com você, podem não saber o que se passa no seu infinito particular.
Eu nunca fui transparente, sempre fui um enigma até pros meus amigos, mas sempre me mostrava alegre e isso faz com que eles achem que estou sempre bem, mas não é verdade. Outros acham que eu sou alguém metida e arrogante por sempre poupar o falar (nunca gostei de me explicar, desabafar ou coisas assim). Não que eu não precise das pessoas, é que eu tenho (no meu subconsciente, talvez) a ideia constante que eu não preciso demonstrar isso pra elas.
 O que de fato acontece é que eu sou como você, como ela, como qualquer outra pessoa, o meu problema é não falar (o que já aprendi que me faz mal). Ninguém sabe o quão é difícil ser a “rocha” da família, aquela que é a primeira pessoa que pensam nos momentos difíceis. Ninguém sabe o que é ser a pessoa em que todos apostam as fichas e esperam que você não vacile. Ser o ombro amigo de todos é gratificante, mas não deixa de ser difícil, pois, você tem que ser forte por você e pelo outro e ainda passar essa força, pois ele precisa mais. É, eu sou uma pessoa dessas e é um fardo enorme levar o orgulho de todos nas costas.
Ter uma mãe depressiva e bipolar é bem difícil, pois você tem que lidar com todas as alterações e não se alterar, se adaptar. E quando os outros não se adaptam e perdem a cabeça, a rocha tem que contornar a situação, e eu sou essa rocha.  Você já teve que evitar algum suicídio ou ler um testamento? Espero que não, porque é uma sensação extremamente dolorosa. Talvez você não saiba o que é ser forçada a ser forte a cada instante, mas eu sei. Vai ver por isso eu aprendi a ser um tanto insensível em alguns setores da minha vida, como no amoroso, por exemplo. Não que eu queira ser, mas a vida me moldou dessa forma.
Cansei de apartar brigas em casa, ou entre amigos para o bem de todos. Já ouvi muita coisa injustamente e não me defendi, vendo a situação de quem falava, eu pensava: “ela precisa falar, tudo bem”.  Eu tenho essa “mania” de querer que os que amo estejam bem, embora isso seja me anular quase sempre. Ouvi críticas nem sempre é fácil, mas é preciso.
Sempre contei com meus amigos, mas não desabafando. Até conto esse tipo de coisa, mas de forma desinteressada, como se fosse algo sem merecimento de importância. Eu conto com eles como forma de me desprender de tudo isso. Quando não aguento mais a situação, eles estão comigo e só pelo fato de rir, cantar ou só por estar ali, já me faz bem, já mudam minha energia. É incrível o poder de mudança que eles, a música e a escrita têm sob meu astral.
Ouço muitos conselhos que dizem que devo esquecer tudo, pensar em mim, mas eu não consigo, não consigo abandonar todos que precisam para pensar só em mim, isso seria egoísmo de minha parte.
Eu quero é ser compreendida sem precisar me expor assim, é possível?  Tudo que almejo é em breve poder dizer que apenhei muito na vida, mas, enfim, deu tudo certo e estamos todos bem. Tenho certeza que esse tempo chegará logo (e permanecerá).

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Independente Futebol Clube

Meu time. Eu sempre almejei independência, acho que sempre joguei nesse time. Desde muito pequena quis me virar sozinha. Sempre quis mostrar que sou capaz e, por mais que fosse errado, quase nunca aceitava ajuda (e até hoje sou assim). Acho até que era uma forma de me provar ser capaz. Sempre fui assim, em tudo.
            - Mas, sentimento é diferente, certo?
            - Errado!
Quer dizer, certo é, mas comigo não funciona assim. Quando senti as coisa mudarem por um certo alguém, achei que melhoraria esse meu lado, um tanto egoísta eu diria. Mas não, continuei com a velha mania de independência.
Ela me fez crer que demonstrar o que sinto era errado, coisa de fraco. Eu fui tudo que não se deve ser: indiferente, individualista, fria, grossa, chata, egocêntrica, dona de um silêncio profundo. Eu construir minha casa, um castelo cercado por um fosso cheio de obstáculos e com um muro enorme ao redor, fazendo com que ele se mantivesse sempre afastado.
Eu sei que errei, em muitos aspectos, isso é óbvio. Não sei o que me deu. Tentei pôr na cabeça que não seria nada sério, que não haveria apegos, que passaria rápido. Achei que ele pensaria da mesma forma (vai ver ele pensou mesmo) só um passatempo né?!
Vai ver foi tudo muito rápido, acho que tentei não me apegar tarde demais e, mesmo gostando muito, nunca demonstrei absolutamente NA-DA! Escrevi tantas cartas aqui pra ele. Quase tudo, boa parte do que pensei e não escrevi, boa parte dos sonhos, lembrados ou não, eram com ele, por ele. Acho que era algo forte demais pra mim e, ao invés de colocar pra fora, reprimi tudo em mim (e aqui). 
Eu sei que o magoei muito com minha frieza e falta de palavras mas, eu sempre tive e quis falar muito, mas sempre que tentava desistia ainda em pensamento. Eu não sou o monstro que te apresentei, é uma pena que não possa mais fazer nada a respeito disso, tudo se foi e só mágoas eu deixei. Estou ficando especialista em fazer as pessoas que amo sofrer... Agora, depois de tantos acontecimentos, eu não faço ideia de como conversar com ele, não consigo se quer estar no mesmo ambiente. Sei lá, acho que fiquei sem jeito depois de tantos vacilos. Queria muito falar com ele sobre isso, mas no fundo temo o que eu ainda possa ouvir, eu bem sei de todos os meus erros, mas ele deve ter uma visão diferente da minha (óbvio, né?!). Já ouvi inúmeros conselhos de amigos e, principalmente, da minha consciência, mas não faço ideia do primeiro passo.
Eu sei que sou cheia de defeitos, sei que cometo erros por cima de erros e não que eu queira voltar ou tentar de novo; eu só queria fazê-lo me entender um pouquinho (será possível?!), queria realmente me desculpar por tudo que causei e pela perde de tempo que ele teve durante todo esse tempo tentando me conquista. Ele conseguiu bem antes de tentar e nem sabia. Eu já escrevia pra ele há muito tempo. Todos os "não, não sei e talvez" foram uma tentativa de frear, de impedir que eu fosse além (o meu lado racional sempre disse que era uma péssima ideia seguir meu coração), mas já era tarde demais, tudo que eu estava fazendo era adiando o inevitável.
Eu bem sei que não ninguém aqui se importam em ler até o fim todas as besteira que escrevo, o que tento mesmo é desabafar pra achar uma solução ou esquecer de vez. Bom mesmo seria se "ele" lesse, mas eu sei que isso não vai acontecer, afinal, como chegaria aqui?! Talvez um dia eu tenha coragem de me "expor assim", de deixar que eu seja lida, interpretada e decifrada por ele. Quem sabe né? 
Esse campeonato ainda não acabou, ainda temos muitos jogos e eu vou treinar mais, rever quem entrará em campo e mudarei minhas estratégias de jogo para que meu time sai da zona de rebaixamento e ganhe logo esse campeonato árduo e cansativo, porém tão satisfatório no final das contas.