terça-feira, 6 de novembro de 2012

Do Amor


O meu amor sai de trem por aí
E vai vagando devagar para ver quem chegou
O meu amor corre devagar, anda no seu tempo
Que passa de vez em vento
Como uma história que inventa o seu fim
Quero inventar um você para mim
Vai ser melhor quando te conhecer
Olho no olho
E flor no jardim
Flor, amor
Vento devagar
Vem, vai, vem mais


Tulipa Ruiz

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Nesta Hora


(...) Mal que vem pra bem querer. A nossa história só deixou um saldo bom. Ficou o frisson, que reverbera e gera em mim a primavera de um porém: será melhor fincar os pés na dor de se privar do amor ou ouvir o que o desejo vem dizer?
Vinícius Calderoni

Eu te amo você


Acho que eu não sei não
Eu não queria dizer
Tô perdendo a razão
Quando a gente se vê
(...)
Eu te amo você
Não precisa dizer o mesmo não
Mas não quero te ver
Me roubando o prazer da solidão
Kiko Zambianchi

terça-feira, 30 de outubro de 2012

HG


 “Tudo bem, não é pouca coisa olhar para o espelho e enxergar o próprio coração.”
Do livro Nas Entrelinhas do Horizonte – Humberto Gessinger

Ah, vida real!


“É raro que, na vida real, possamos ter o melhor de dois mundos, ficar com a lenha e se aquecer com o fogo. Quase sempre é preciso escolher. Com o tempo, a gente se acostuma a abrir mão de algumas coisas em favor de outras. Até aprende a conviver com a possibilidade de ter feito a escolha errada. Afinal, a dúvida é o preço da pureza. No fim das contas, é isso que nós somos: as escolhas que fazemos.”

Do livro Nas Entrelinhas do Horizonte – Humberto Gessinger

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Calma ai, Coração!

Eu já falei tantas vezes 
E você nada de me ouvir 
Vão-se os dias, anos e meses 
E tudo que você sabe fazer é sentir 

Quantas canções falam de você 
Tantas paixões sem você não são 
Não pare nunca pra eu não morrer 
Nem voe tão mais além do chão 

Deixa, me deixa em paz, ó meu coração 
Chega, o que liberta é também prisão 
Deixa, deixa assim, só e salvo e são 
Quem tanto bate um dia apanha 
Chega de manha, não me assanha 
Doido, louco, maluco coração 

Coração surdo não tem juízo 
Não ouve nunca a voz da razão 
E razão você sabe, é preciso 
Pra curar a sua loucura, coração 

Bandido cansado de enganos 
Heróis de capa e espada na mão 
Esquece metas, retas e planos 
Veleja no mar escuro da ilusão 



Zeca Baleiro e Hyldon 

domingo, 30 de setembro de 2012

Dia Branco

Eu nem acreditei quando ouvi que o rádio anunciava um show do Geraldo Azevedo na minha cidade. Só de ouvir que ele estaria aqui me lembrei de um monte de músicas e meus olhos logo brilharam. Eu precisava ir para aquele show.
Aproximando-se da esperada noite, comecei a ficar aflita, afinal, o evento seria num lugar de difícil acesso e eu não havia arranjado companhia ainda. No dia eu já estava sem esperanças, então postei no facebook que não ia para o show por falta de companhia. Alguém viu e me convidou para ir com ele. Aceitei sem pensar duas vezes e em menos de 3 horas estávamos lá, prestes a ver o velho Geraldo Azevedo.
Éramos velhos conhecidos dos tempos de escola. Nos falávamos pouco, mas tínhamos certo carinho um pelo outro, uma vontade de estreitar os laços de amizade talvez.
Nem acreditei quando o Geraldo entrou cantando “Dona da minha cabeça”, meu coração quase saiu do peito! Meu amigo logo notou minha alegria, talvez por minha cara de criança feliz. Ele não parava de olhar pra mim.
Após as músicas “Caravana”, “Canção da despedida”, “Ai que saudade d´Ocê” “Você se lembra”, “Adoro Você”, “Moça Bonita” eu já estava completamente rouca! Gentilmente ele me trouxe algo para beber e comentamos um pouco sobre o show. Eu estava completamente extasiada, mas notei que ele me olhava diferente. Quer dizer, lembro-me dele me olhando daquela forma na escola, mas no meio de toda minha felicidade por esta ali, naquele show, percebi que era um olhar diferente, de cachorro pidão talvez. Voltei minha atenção pro Geraldo.
Nos primeiros acordes deduzi qual era a seguinte música, a mais linda em minha opinião. “Cara, eu amo demais essa música”, confessei. Ele se aproximou um pouco mais, já que o som estava bem alto, e me falou “É realmente uma das mais lindas, minha preferida se quer saber. Tem algum motivo especial pra você gostar tanto dela?” Sorri e respondi que não. Apesar de gostar muito ela não trazia lembranças muito fortes, me lembrava das rodas de viola na escola.
A música começou. Se você vier pro que der e vier comigo, eu lhe prometo o sol, se hoje o sol sair, ou a chuva se a chuva cair... Cantávamos bem alto, como se estivéssemos lavando a alma com aquela canção, quando notei ele se aproximar mais, querendo me dizer algo. Abriu a boca e disse “Sabe, não posso perder a oportunidade de tornar essa música muito especial pra nós dois” e antes que eu dissesse qualquer coisa ou tivesse qualquer reação ele me beijou. O beijo era intenso (libertador talvez?) e por alguns instantes não ouvi a multidão cantar, só ouvi o Geraldo cantar “se você quiser e vier pro que der e vier comigo”.
Ali eu entendi tudo, as rodas de viola, o olhar de cachorro pidão, está ali naquele show... Tudo fez sentido. Mas eu já não estava preocupada com o sentido das coisas. Nosso dia tornou-se tão branco quanto se poderia está numa noite estrelada como aquela. Abraçamo-nos e continuamos a ouvi aquela que passaria a ser nossa canção. 
Obrigada Geraldo Azevedo.



Transformações
















Vontade de mudar tudo, mudar de rota,
Mudar de rumo.
Vontade de mudar o mundo, mudar meu mundo.
Fazer um novo passado a partir de agora.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ainda não passou


Triste é não chorar
Sim eu também chorei
E não, não há nenhum remédio
Pra curar essa dor
Que ainda não passou
Mas vai passar!
A dor que nos machucou
E não, não há nenhum relógio
pra fazer voltar... O tempo voa!
Eu não suporto ver você sofrer
Não gosto de fazer ninguém querer riscar o seu passado
E o que passou, passou
E o que marcou, ficou
Se diferente eu fosse será que eu teria sido amado?
Por você, por você
Nando Reis

Saudade


Saudade é solidão acompanhada, 
é quando o amor ainda não foi embora, 
mas o amado já... 

Saudade é amar um passado que ainda não passou, 
é recusar um presente que nos machuca, 
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 

Saudade é o inferno dos que perderam, 
é a dor dos que ficaram para trás, 
é o gosto de morte na boca dos que continuam... 

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: 
aquela que nunca amou. 

E esse é o maior dos sofrimentos: 
não ter por quem sentir saudades, 
passar pela vida e não viver. 

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.


Pablo Neruda

sábado, 21 de julho de 2012

Banho de água fria


Depois que nos vimos fiquei pensativa. Estou pensando em pedir as contas, não sei, acho que não estou à altura desse posto. Sabe, acho que não sou a amiga que você precisa (ou merece).
Nada que faço surte efeito na sua vida. Vejo você sofrer e nada consigo fazer para retardar essa dor. Eu te aconselho, te apoio, te encho de sermões, sms´s, citações de encorajamento. Ouço suas dores, choro junto, mas parece que nada vale pra você. Será que não entende que eu sofro tanto quanto você, ou até mais, por não poder fazer nada pra te ajudar?
Será que você não poderia tentar seguir meus conselhos? Será que vale a pena tudo que faço por você?
Sabe, hoje eu fiz um grande esforço por que eu precisava muito te ver, saber como você estava e te apoiar mais um pouquinho. Falei um monte de coisas que você precisava ouvir. Você pareceu concordar e por um instante achei que algo entraria e ficaria na sua cabeça, mas não.
Bastou uma ligação para eu presenciar uma das cenas mais deploráveis que eu poderia imaginar. Você ligou decido a dar o sonhado “Adeus”, mas, após o “Alô?” só ouvi choros, imploração e alguém se humilhando para um dos secretários do diabo, implorando por atenção enquanto, do outro lado da linha, havia alguém complexado superiormente, sambando nos pedaços do seu coração, que você faz questão de deixar exposto ao sol, com sal grosso por cima.
Ah, aquilo foi demais pra mim! Subiu uma raiva do caralho e tudo que eu pensei foi em escrever. Após desabafar um pouco do que eu senti na velha agenda, decidi ir embora e deixar você se afundar da merda que escolheu e não quer sair. Sabe, estou começando a cansar de lutar por você e te ver assim, se entregando por não querer mudar. O que você tem feito pra mudar? Está fazendo algo diferente?
Acho que o que mais me doeu foi ver que você se quer se despediu de mim. Não custava, me senti nada pra você naquela hora.
Vejo que não sou sua prioridade, é certo que não. Também não é isso que quero, só acho que a consideração foi reduzida. Você não ver mas, trata-me tal com a sua mãe: você não a dar tanta importância porque sabe que ela sempre estará disponível para você e, o que quer que acontece, ela será capaz de mover céus e terras para te ver bem e feliz. Só valorizamos quando perdemos, não espere isso acontecer.

Sabe porque eu não desisto de você? Porque nunca se abandona a família. Por mais que eu sinta-me triste pela forma que você se trata, eu preciso cuidar de você, meu IRMÃO precisa de mim.




Repito, eu te amo, 
e sempre amarei.

Amarrada


Não suporto os pobres de espírito que não valorizam suas existências, mendigando migalhas dormidas do pão que o diabo amassou. Sinceramente não compreendo a cabeça das pessoas em querer morrer por não terem a atitude de acordar para a vida e valorizar o que há de melhor ao invés das sombras que aparecem ás vezes. Há casos que, confesso, chegam a me causar nojo. 
É algo estranho ter tudo na vida para ser feliz e ainda assim seguir para o lado errado, enxergando só desgraças e o quanto a vida está sendo cruel com eles. É revoltante ver alguém desperdiçar as chances de mudar e continuar errando por não ter coragem de tentar algo novo. Não sei se sinto raiva, nojo, pena ou tristeza.
Na verdade acho que o que sinto é impotência. É, é isso. Impotência... Impotência por estar de mãos atadas vendo o sofrimento alheio e sofrendo junto. Vendo alguém se afundar na fossa para qual caminhou e sequer poder lhe jogar uma corda para ajudar a sair de lá. Impotente por nada poder fazer a respeito. Impotente.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Metade


Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Oswaldo Montenegro

terça-feira, 17 de julho de 2012

Grande fato


Seus erros, sua culpa. Aceite.

(!)

Só vontade não muda as coisas, ela é um passo, mas não a parte principal. Para que as coisas mudem mesmo temos que nos mover e fazer as coisas acontecerem. Desculpa mas, esperar sentado não adianta.

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"Ficar só é se refazer, é absorver tudo que está se passando. É se entender, se aturar, se encontrar cada vez mais."

segunda-feira, 16 de julho de 2012

,


"E não importa o quanto eu fuja, o quanto eu tente te esquecer, minha vida sempre encontra um jeito de se enroscar com a sua."

O que há


Outra vez me pego escrevendo não sei pra quem, não sei por que, mas preciso. Não que o que eu escreva seja algo sublime ou poético, longe de mim! Não tenho dom para tanto. Mas o que há aqui é autêntico, se é. É o meu jeito, meio sem jeito, de me expressar, já que falar não é (e nunca foi) meu forte.
Mais uma vez escrevo cartas que nunca mando por essas linhas tortas, pensamentos igualmente tortos. Acabo me jogando nesses pensamentos que me levam, não sei para onde, mas levam para algum lugar.
Aqui há os pedaços que me fazem inteira, os tropeços que me garante o equilíbrio e a força para seguir; aqui há os erros que me fazem aprender sempre mais e mais. Dispo-me aqui em forma de palavras. Aqueles que lerem o que há aqui acabam por me conhecer de uma forma ímpar, que nem eu conhecia até escrever.
Escrevo porque há vontade de arrancar tantos sentimentos e fatos do meu peito e da mente; porque para que a paz se instale é necessário que os conflitos cessem.
Escrevo porque quero. Aqui não há segredos ou máscaras. Tudo cai por terra.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Guilty

Basta parar um pouco no tempo que penso em mil e uma coisas (isso acontece com a maioria, certo?). Boa parte se divide em nostalgia e besteiras mas, as vezes sobram umas boas ideias que deveriam ser registradas. Quando a ideia é muito forte ou muito presente acabo por registrar de forma egoísta, numa velha e acolhedora agenda vermelha. 
Acontece que quando venho para cá na intenção de registrar algo, acabo por me perder no tempo lendo minhas postagens mais antigas e vendo o quanto as coisas mudaram, o quanto eu aprendi no decorrer do tempo.
Hoje, relendo (e relembrando) tudo que aqui foi escrito, posso ver um enorme desperdício de sentimentos valorosos; percebo que magoei mais gente que apenas eu. Relendo meu passado não tão distantes, vejo que as coisa poderia ter sido diferentes e que eu tracei a história que conto hoje.
O sentimento de culpa é bem presente, sabe, mas não me arrependo exatamente. Talvez eu precise de mais tempo (caso isso ocorra). O fato é que, apesar de ser muito duro admitir, eu sinto saudades. É, isso mesmo que você leu: EU SINTO SAUDADES! Sei que não é recíproco, não se preocupe, não me incomoda, eu posso imaginar.
É bem verdade que eu pisei muito na bola e que em seu lugar eu faria coisas terríveis de tanta raiva mas, porra, esse silêncio, essa exclusão chega a atingir muito mais que qualquer um dos castigos que eu imaginei e sei também que eu não fiz absolutamente nada para quebrar esse gelo. Eu sei que nunca, jamais, nada será nem perto do que já foi um dia, mas, sei lá, acho que eu ainda te queria por perto... Lembro que conversávamos tanto, riamos muito juntos! Tínhamos uma amizade tão linda antes desse tal cupido encher o saco e agora veja-nos, que nos conhecemos desde crianças andando de fraudas pela casa, somos dois totais estranhos um para o outro e isso dói. Dói mais ainda por saber contribui muito para que tudo ficasse assim e por saber que só um milagre faria nossa reaproximação, já que somos dois grandes orgulhosos.
E mais uma vez escrevo para esquecer (ou lembrar depois) uma nova carta pra você. Ah, como eu queria ter coragem de mostrar logo tudo isso para que você, ao menos, que soubesses tudo que há oculto aqui em mim.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Falsas Crenças




   Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.


John Lennon

Amor para todos!

Outro dia me perguntaram se eu estava amando. Sim, estou. Amando-me. O questionador retrucou "e já não esta na hora de compartilhar esse amor todo?"
Deixemos de lado o motivo dessa pergunta por ter um porquê tão óbvio mas, de uma forma ou de outra, ela me fez pensar.
É, talvez eu esteja sendo mesmo egoísta, talvez eu deva tentar deixar de lado essa segurança toda que a racionalidade me traz e me aventura nesse terreno incerto dos sentimentos. 
Pode ser que der certo né?! Quem sabe? Só tentando pra saber!
Descobri que só arriscando se conquista as grandes coisas e estou percebendo que quando se trata de amor, nem os esquisitos podem esperar para sempre.




terça-feira, 12 de junho de 2012

A cearense






Ela tem um chiado que com certeza não é daqui. Assim como eu, veio de longe pra essa selva de pedras em busca de um sonho, mas não se engane... Nossas vidas são bem diferentes. Assim com eu, ela também está longe de casa, longe dos amigos e de tudo que ama. A diferença maior entre nós é que vou a minha casa pelo menos duas vezes por mês e ela, duas vezes ao ano. Nem de longe eu teria tanta força assim. E mesmo com tantos motivos pra ser alguém calada e triste ela faz o contrário: se mostra alegre. Ela não só alegre é também muito cativante! Cativa todos que estão ao seu redor, impossível não se dar bem com ela!
Mas acho que virei fã dela depois de algo muito triste que a aconteceu ano passado. Com a perda de um ente querido e próximo de uma forma tão trágica realmente imaginei que ela desistiria de tudo que conquistou com tanto esforço aqui. Mas não. Ela parou, sentiu a dor da forma mais intensa que pôde, levantou-se e voltou. Voltou pra essa cidade, onde ela torna-se distante de tudo que ama. Voltou por um objetivo, por ter um Deus maravilhoso que a supre em tudo que precisa e a mune de força para superar todas as adversidades, mostrando assim que Ele é capaz de tudo e quem O acompanhar será capaz de muitas coisas também.
Depois desse fato, ah rapaz, ela deu todas as provas de que é forte, capaz e cheia, muito cheia de fé. Quando me sinto fraca e triste por está longe de casa, me lembro muito de você minha amiga e, de uma forma ou de outra, tento adquirir um pedacinho dessa sua força e fé que tanto admiro.
Querida cearense de fé, estarei aqui sempre que precisar de uma amiga ou de alguns toques de criatividade.

Voltei



Á pedido de uma amiga estou de volta. Quer dizer, não sei se voltei por esse pedido ou sei por minha ânsia de escrever que urgia aqui dentro. Esse afastamento não foi de todo mal, fiz descobertas, observações que, pouco a pouco, pretendo estampar aqui. Engraçado que estou criando um péssimo hábito de vir aqui sempre em começos de fases em minha vida, mas tentarei ser mais presente dessa vez.
Passo por uma fase diferente das outras: mesma cidade, nova casa, novas vivências, e a cada dia que passa mais me convenço que estou exatamente onde deveria estar. Finalmente certezas nessa minha cabeça.
Sem contar que essa fase está cheia de amor próprio... Pense numa coisa boa! Acho que melhor que ser amada ou amar alguém, antes de tudo é preciso estar bem com si, se amar!

Então é isso, estou de volta. Novos passos na vida, próximas páginas aqui. :)