sexta-feira, 4 de maio de 2018

Casamento não

Hoje amanheci com a garganta doendo, como se estivesse em processo inflamatório, o que é curioso visto que tenho me sentido bem, sem febre ou dor de cabeça, me alimentado bem, comendo frutas ricas em vitamina C inclusive. Na verdade eu até sei o que pode estar causando tais sintomas, viva a metafísica!
Foi a conversa antes de dormir, claro.
Porque o assunto casamento é tão recorrente e causa tanto reboliço? É sempre assim! Eu já disse que não pretendo tal ato mas confesso que posso parecer confusa quando digo que gosto das cerimônias em si, gosto de casamentos (dos outros).
Fui comentar que serei madrinha de mais uma amiga, que dei um empurrãozinho fundamental digamos assim, aí o assunto veio todo novamente.
Eu não sou contra o casamento de modo geral, não saio por aí esbravejando "não sejam idiotas, casar não presta, só perda de tempo!" só não acho que isso seja para mim  isso me faz pensar se eu realmente não quero casar ou se não quero casar com esse tal que tem passado uma temporada em meu coração. 
Antes de conhecê-lo lembro que já não queria, estava me curando de alguns processos e talvez está tenha sido uma consequência mas, antes desses processos, em um tempo que parece outra vida, eu queria casar. 
Casar num lugar bonito, com muitas cores, um dia de alegria, celebração, união. Um dia, que seria um dos mais lindos da vida, que duraria para sempre em minha memória, com a família lá, amigos, depois fotos, discurso, choro dança, festa, vida... Amor! Eu estaria tão feliz que ia ficar com os músculos da face doídos de tanto sorrir e gargalhar, aquela  gargalhada gostosa de fazer chorar, sabe?! E depois isso um casamento tranquilo, feliz e próspero.
Hoje, não sei. Quando penso em casar com este rapaz só me vem à mente uma ida ao cartório no intervalo do almoço, usando jeans e camiseta (tá, pode ser uma camisa de botão) para deixar minha certidão de nascimento e pegar uma de união estável ou coisa assim. Algo abominavelmente sem graça para uma sonhadora como eu. Não sei se isso é o que se chama de maturidade, rabugem ou só não gostar dele. Será que isso é crescer ou dá para ter um romance de “adolescente” na “fase adulta”? Não consigo visualizar diferente e quando tento colocar isso num lugar bonito, tipo uma praia, me vejo séria, rezando para acabar logo a cerimônia, sem dança. Não é feliz e isso me entristece de um jeito que ainda não sei explicar mas dói e cria um nó na garganta, uma vontade de chorar, gritar e depois calar sem forças para sair do lugar.
Eu não sei se algum dia casarei, muito menos se casarei com ele mas, ideializar isso na minha mente é incômodo de modo que prefiro evitar se quiser continuar relacionamento que estamos. Mas aí mora o perigo: será que espero que esse desejo floresça ou estou apenas empurrando um problema com a barriga por puro comodismo ou covardia?

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