segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Mulher de verdade

Ela acorda cedo mesmo sem a menor necessidade e apesar de estar com mil e um problemas na cabeça, já começa o dia cantando, acreditando que será melhor que ontem. Ela faz questão de rir e quem a vê assim não imagina o que se passa do lado de dentro dela. Saber o que acontece ali é para poucos, um seleto grupo que conseguiu atravessar as barreiras que ela pôs ano a ano, tombo a tombo, tapa a tapa. Acredita que se abater não é uma opção e que tudo é fase. Nada é, tudo está. Esse é seu lema, o carrega na pele inclusive, em um lugar estratégico sempre a lembrando que tudo nessa vida é passageiro, inclusive ela. Está a passeio, só de passagem. Ela sabe que tudo é modificável e assim ela segue. Segue sorrindo fazendo piada de si e de todos, correndo atrás das oportunidades de crescer, interior e materialmente também, por quê não?
Apesar de pensar muito em tudo (e em nada também) cansou de focar nos pontos que não deram certo. O que passou, passou e se insistir no assunto o mantra mental "foda-se" surge para resolver o impasse interno. Pronto, já foi. 
Ela é calma, paciente e gosta de ajudar, sente-se bem sabendo que pode ser o refúgio de alguém, um momento de paz em meio ao caos. Esquece-se de seus e apropria-se dos problemas dos outros, não adianta discutir, ela sempre foi assim e seguirá com essa síndrome de Gabriela (Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim). Cuida dos seus irmãos como se fosse mãe. E por falar em filhos, não pretende ter filhos de seu ventre, muito menos mudar seu estado civil por pressão da família ou sociedade. Casar só se for porque encontrou alguém com quem queira dividir uma parte de sua vida e não porque dizem que ela está ficando velha, "passando da idade" ou "precisando de um marido para começar uma família", nada disso, aliás, nem gosta desse termo ]'casamento', prefere encontrar "alguém para caminhar junto". Ela é livre e respeita seu estado de espírito, gosta de ser assim, desprendida e leve. Não tem amarras, nem nos braços nem nos cabelos, os cachos dançam soltos ao sabor do vento.
Seu objetivo na vida? Aprender. Aprender a cair, levantar, ouvir, falar, discordar, pensar, saborear, amar, levar sorriso e ser feliz, Uma longa lista de verbos que a enche de vida e de si.

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