segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Alguém tinha que falar

Sabe, estava aqui lendo alguns textos que fiz esse ano e vi alguns que fiz para você. Isso me fez refletir que faltam duas semanas para o ano acabar e estamos nessa: afastados de novo por conta de (mais) um desentendimento. Pergunto-me quantos desentendimentos ainda virão para que possamos nos entender de verdade, se teremos paciência de esperar até lá, se vale a espera, e claro, se algum dia nos entenderemos de fato. Não gosto desse tipo de situação porque não sei como resolver nem se posso tal feito. Posso, podemos?
Acho que precisamos colocar pontos em alguns I's por aqui, essa situação tem sido desgastante e sinceramente não nos leva a lugar algum, pelo contrário, nos prende, estanca. Quer ter esse tipo de conversa e resolver isso também, ou esse será um texto inútil?


Resolveu continuar a ler? Ok, então vamos lá.

Uma coisa que não gosto: superficialidade. Isso me irrita profundamente, sério, é broxante. Cada vez que você vem com algo físico, apenas físico, fico irritada (e isso faz com que eu erga mais o muro). Vamos ser francos, corpo por corpo há um monte nas baladas da vida (sarados, altos, baixos, gordos, magros, feios, bonitos... o cardápio é extenso). O que diferencia uns dos outros é o conteúdo e é isso que estou procurando. Pode me dar? Isso é o que me atrai e já te deixei ciente disso.


Não há problema em sentir desejo (juro, pode sentir, eu gosto de estar com você também) nem expressar o que sente mas não precisa ser tão direto. Use e abuse das entrelinhas. Siga menos a linha "funk" e mais "MPB", amor. Menos Malandramente, Bumbum granada e mais O meu amor (Chico Buarque), Soneto do teu corpo (Leoni/Moska). Cada vez que você fala coisas que "forçam" intimidade eu subo alguns tijolos nesse murinho que me afasta aos poucos de você e sinceramente eu não quero isso, mas é o que acontece. 

Eu sempre carreguei um orgulho gigante em mim, do tipo que mesmo errada não admitia, do tipo que morria e não falaria o que realmente importa e, veja só como mudei, estou aqui te chamando para uma conversa séria, é até engraçado, sério. Cá estamos afastados de novo e eu me pergunto se você fica na ânsia de falar ou receber alguma mensagem minha ou se está pouco ligando, sabe? Mas eu realmente não tenho mais tanta paciência como tive no passado de aguardar que as pessoas venham a mim para resolver aquilo que ME incomoda. Tipo, se me incomoda eu que tenho que me mexer, afinal estar em paz com si não tem preço, né?

Já percebeu que estamos em um ciclo vicioso? É assim ó: (1) passamos muito tempo sem ver, (2) Saímos e é legal, (3) voltamos a conversar de boas, (4) rola um desentendimento, (5) não tentamos discutir sobre isso então nos afastamos, (6) do nada aviso que estarei ai, (7) voltamos a nos falar, (8) nos vemos - e ai começa tudo outra vez. É um ciclo cansativo, não acha? Consegue ver onde está o passo errado? Acho que é o 5, hein. E eu fico aqui pensando se devo insistir ou não porque, sei lá, eu tenho a impressão que vale a pena, só precisamos de ajustes. Outras vezes eu acho perda de tempo.
Eu odeeeeeio essas conversas chatas, não aguento mesmo, acho, inclusive, que nunca tive tantas assim com outro alguém além de você. E porque já tivemos tantas? Porque eu ainda me importo. Ainda estou nisso.

Mas não sei até quando e caso queira, não somos obrigados. Podemos não mais estar.

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