sábado, 24 de dezembro de 2016

O murchar daquela planta

Hoje o dia foi atipicamente cheio e cansativo. O que foi ótimo, considerando que eu precisava de outros assuntos para ocupar minha mente, que não seja aquele que ronda desde ontem. Agora estou sentada diante da tv assistindo o primeiro filme que apareceu na netflix, comendo brigadeiro de panela após tomar dose de vodka só para esquentar um pouco essa noite estranhamente fria nessa cidade. Percebo agora que mal comi hoje o que também não é problema, não há fome aqui mas, vamos ao que interessa né?!, suponho que você espera por um posicionamento meu após tudo que disse e sei que esperar deve ser horrível. Espero não está sendo precipitada com minhas próximas e longas linhas.
Primeiramente quero que saiba e grave bem em sua mente que não me incomoda o fato de você ter sido casado e que possa ter uma filha fruto dessa relação. Isso não me incomoda, ok?! E, respondendo a sua pergunta mais frequente, não estou chateada. Na verdade, chateada é um adjetivo muito simplista para tudo que há em mim e que ainda não há nome mas, que se tivesse algum, seria algo próximo de decepcionada, desapontada ou coisa assim.
Sabe, o que mais me estarreceu em tudo que você disse foi o fato de insistir em uma relação que desde o início dava sinais de fracasso (Porque isso?), ainda assim casar e com tudo que aconteceu durante o casamento continuar insistindo e pior, após o início do processo de divórcio ainda se encontrarem. Em minha cabeça isso tudo soa tão absurdo que eu não consigo entender. Tipo, porra, cadê seu amor-próprio, seu respeito por si? Insistir em migalhas é tão triste e de uma pequinês tão... sério, essa é a pior parte disso tudo para mim; não é a o casamento, nem mesmo a criança, é isso. Isso é o que começou a murchar o tal brotinho que falei em outro texto, isso é o que implica na minha decisão.
Eu não posso lidar com isso. E sabe o que é engraçado? Lembrar que ontem mesmo eu estava começando a pensar que talvez fosse você. Começando a achar que você era o cara que eu estava esperando, o que eu ia apresentar para minha família, veja só. Achei que te mostraria um monte de músicas e textos que leio vez ou outra ou até mesmo te ler todos os textos que te fiz, mas agora não faz mais sentido para mim. Impressiono-me como tudo pode mudar tão rapidamente. Eu estava a pensar que sua incansável insistência era por me querer demais o que te fazia passar por coisas que, eu no seu lugar não aceitaria de jeito nenhum. Mas agora vejo que talvez a insistência seja um padrão seu e, o que parecia ser algo bom passou a ser péssimo. É como se você insistisse não só pelo que vale mas também pelo que te destrói. Eu não gosto de pessoas autodestrutivas e não quero isso para você, não quero isso para mim também. Não sei se você é assim ou foi assim. Como vou saber?
Eu gosto de você, tenho carinho, me preocupo e por isso mesmo te digo que você precisa rever suas ações e seu posicionamento diante das pessoas e até mesmo da vida. Você não pode aceitar pouco, migalhas. Você merece coisas boas, leves e inteiras e não deve aceitar menos que isso. Não aceite que te pisem, não implore presença, se ame. Se baste. Quando você for completo com si e conseguir se sentir bem em sua companhia ai você poderá está com alguém e assim, compartilharem alegrias. Eu gosto de você mas parece que você não se gosta tanto assim e, desse jeito, eu não quero e é por isso que não quero continuar. Que fique claro, não pelo casamento ou filha, mas por isso.
Espero que não leve isso como mais uma história que não acabou bem. Espero que consiga tirar algum proveito disso. Eu ficaria muito feliz se isso te fizesse pensar a respeito de si e te mudar nesse sentido, se achar que precisa, claro. No mais, sei que não é o tipo de texto que queria ler, se há algum consolo nisso, esse é o último.
Fique bem com tudo isso e, se você for o pai, seja o ótimo pai que acredito que pode ser.

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