Esses tempos de debates religioso, leis contra a intolerância religiosa e afins me trazem algumas reflexões. Sempre fui uma curiosa e apaixonada por saberes e culturas. Por causa disso já visitei catedrais, templos, igrejas históricas católicas, igrejas evangélicas, centros espíritas... E mais um monte! Fora os livros, claro. Sempre me interessou muito compreender as religiões que nos cercam e as que agem no mundo (inclusive o islã, óbvio). Acho que procurei muito, tanto para saber quando para descobrir se me achava em algumas delas, uma vez que já me senti estranha por não ter religião alguma.
Sabe, cada religião tem sua forma de ver e apresentar o mundo para aqueles que as sigam, isso é fato. Acontece que sou pensante, nunca fui de aceitar um "porque sim" sem questionar, sem entender o porquê, é da minha natureza querer entender, o que não é muito fácil, principalmente no cristianismo. Não creio em santos, nem brux@s, não entendo datas festivas (católicas) ou as restrições (principalmente das protestantes), pouca coisa sei sobre o budismo, não entendo o poder das encruzilhadas nem das simpatias.
Independentemente da religião, se todos buscam a paz, o bem e sem ferir ninguém no caminho de sua busca, não importa a religião ou senhor que seguem (e servem). O bem e o amor são essenciais. Não importa se você vai rezar, orar ou oferecer, tudo é válido se você crer que aquilo é bom, que é para o bem e que não fere ninguém.
Em minha busca não encontrei uma religião que eu consiga seguir, que eu confie que poderei ser eu e pensar livremente estando com ela. Continuarei crendo no meu Deus e com fé em mim, nas minhas escolhas, nos meus caminhos e minha capacidade de resistir e superar. Até lá, sigo com bons amigos buscando o crescimento, formas de praticar o bem, levando luz e alegria para os outros sem me importar com suas religiões (ou ausência dela).
Creio que o mundo pode ser um lugar melhor se algum dia as pessoas se preocuparem menos em criticar e tentar mudar a religião do outro e se unirem por causas maiores e mais urgentes como a fome, abandono, saúde, violência... Tenho fé em mim. Ainda tenho fé na humanidade.
"Não é preciso que a bondade se mostre; mas sim é preciso que se deixe ver."
(Platão)
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